quinta-feira, 28 de maio de 2009
Circo com Cookies
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Japa
As alegrias serão de todos
domingo, 24 de maio de 2009
Bolo de Chocolate
Gâteau au Chocolat du Cluny
8 oz de chocolat semi-sucré, haché grossièrement
raspas da casca de 1 limão
1 lata de creme de leite
sábado, 23 de maio de 2009
Millenium
L’héroïne de Millenium, c’est elle, Lisbeth. Noomi Rapace, une inconnue de 29 ans, était attendue au tournant en enfilant la carapace de cette anti-héroïne. Verdict : elle crève l’écran.
Condamné à tort par un entrepreneur véreux, Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) se retrouve dans le nord de la Suède pour enquêter sur la disparition d’une jeune fille, plongeant dans une sordide histoire de famille aux relants nazis. Pour l’aider, on lui impose une fille asociale, tatouée… et géniale.
Rencontre avec une étoile montante qui, depuis le tournage de Millenium, a retrouvé son sourire.
Faut-il être un peu fou pour jouer Lisbeth Salander?
Sûrement! Quand j’ai lu les livres, je me suis projetée dans Lisbeth, comme je le fais toujours dans tout ce que je vois! Elle est double, complexe, c’est une vraie tête de mule, mais je l’adore, je suis aussi comme ça, parfois! [Rires] Lisbeth ne correspond à aucun stéréotype. Dans la première version du scénario, on avait rendu Lisbeth un peu trop douce et gentille à mon goût. J’étais horrifiée, je ne pouvais pas jouer comme ça, à l’américaine! Alors, j’ai dû imposer ma vision, et j’ai gagné.
Comment s’est opérée votre transformation?
J’ai suivi un entraînement de kick-boxing pendant six mois avant le tournage. J’ai tenté de gommer ma féminité, de me comporter davantage en mec. Dans le livre, Lisbeth est menue, presque anorexique, elle ne se nourrit que de junk food et fume tout le temps, elle n’était pas très réaliste. J’ai essayé de la transformer en personne réelle. Maigrir et me durcir ne suffisait pas : j’ai voulu jouer moi-même les scènes d’action, et pour la scène de viol, j’ai dû laisser parler la peur au fond de moi.
Vous doutez-vous que vous éclipsez Blomkvist?
On s’est beaucoup disputés avec le réalisateur à propos des coupes, du rôle que Lisbeth devait jouer, de sa relation avec Blomkvist… Mais je crois que ça respecte le livre.
Vous avez tourné les trois films en très peu de temps. Avez-vous quitté Lisbeth avec soulagement ou regret?
On était très fatigués après le tournage du premier, et le fait de changer de réalisateur a amené de la fraîcheur, une nouvelle énergie. Lisbeth me manque un peu, mais c’est bien aussi que ce soit terminé…
Arrumadinhos
"Cara Renata: como homem preciso te avisar que pedir pra ele usar uma “máscara” na hora do futebol é maldade pura; é como pedir pra você limpar a geladeira ao invés de ir ao shopping.
Hora do futebol é sagrada! É hora de gritar, suar, tomar umas cervas com os amigos e não ficar com o rosto melecado na frente da TV enquanto vê Flamengo e Botafogo. Pegue leve com o rapaz.
Sabonete Efaclar – La Roche Possay ( uso diário, pela manha e a noite), Esfoliante Clean & Clear (esfoliação 1 vez por semana tá de bom tamanho)"
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Para Meninas 2
terça-feira, 19 de maio de 2009
Para Meninas
La Senza Warehouse Sale
Old Winners Building next to Rona
3610 Blvd. Cotê Vertu
Saint-Laurent-QC
Metro Sauvé - Bus 121
De 21/05 a 14/06
Wednesday: 10 AM to 6 PM
Thursday: 10 AM to 9 PM
Friday: 10 AM to 9 PM
Saturday: 10 AM to 5 PM
Sunday: 10 AM to 5 PM
Monday - Closed
Tuesday – Closed
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Chá de Bebê
250 grs de farine
250 grs d'amandes moulues
1 tasse de lait
4 œufs
1/2 tasse d'huile
1 cuillère à soupe de poudre à pâte
1 tasse de sucre
Battre les œufs et le sucre avec le mélangeur (il faut que le volume augmente). En mélangeant doucement avec une cuillère en bois, ajouter la farine, l'amande moulue et la poudre à pate en alternant avec le lait et finalement ajouter l'huile. Mettre au four (350ºC). Dans le moule, tu peux mettre de la cassonade et du beurre dans le fond et laisser fondre un peu, puis ajouter des amandes tranchées et ensuite ajouter le mélange et le mettre au four.
sábado, 16 de maio de 2009
Disfunções
‘Álcoolréxicos’ substituem refeições por bebidas e têm comunidade no Orkut
Maioria dos seguidores é jovem e não quer engordar. Médicos de SP alertam para os riscos de dependência química.
“Eu sou 'álcoolréxica', mas vivo muito bem assim!!! (...) Pra que comer?? Vamos beber e ficar legal!!”. O trecho desse depoimento que uma jovem deixou no Orkut em março de 2007 resume um tipo de comportamento que tem preocupado os médicos. Homens e mulheres, a maioria na faixa entre 18 e 25 anos, estão substituindo as refeições por bebidas alcoólicas. Para a maioria, o objetivo é emagrecer. Os médicos alertam para os riscos de dependência química.
O termo é recente e, em inglês, pode ser traduzido para drunkorexia. “Dez latas de cerveja valem por um bifinho. Certeza”, diz outra jovem na mesma página da comunidade do Orkut sobre o tema. Uma terceira amiga responde: “e depois de dez latas de cerveja eu sempre quero um bifinho. (...) Vamos parar com essa mamata de ficar comendo. Vamos voltar a beber!”.
O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que a preferência das pessoas que têm esse vício é pelos destilados. “Se a pessoa bebe cerveja, fica com a barriga estufada. O álcool [nos destilados] suprime o apetite e, tomado em grande quantidade, dá uma sensação de saciedade e certo enjoo da comida”, explicou.
Barriga 'estufada' e incômodo
Formada em administração de empresas, a paulistana Camila (nome fictício), de 36 anos, acredita estar curada do problema. Ela conta que deixava de comer à noite quando saía com os amigos para beber mais e aproveitar “a balada”. Constrangida, não quer se identificar. “Eu substituía o jantar pelo álcool e não tomava cerveja, mas saquê porque é mais levinho, tem menos calorias”, relata. Camila passou a suprimir os pratos noturnos depois que começou a se sentir incomodada. “Eu comia, ficava estufada e ia para a balada beber cerveja. Então, ficava mais estufada ainda”. De acordo com ela, jantar e sair em seguida causava um desconforto. “A roupa aperta e você se sente mais gorda. Incomoda”. Hoje, sete meses após ter procurado a ajuda de um psiquiatra, Camila considera ter superado o problema. Por orientação médica, parou de comer alimentos mais pesados, como arroz e carne, e colocou no prato saladas e sanduíches feitos com peito de peru e queijo branco. “Foi uma reeducação”. Camila conta que foi a um psiquiatra a pedido dos amigos, que acharam que ela estava virando alcoólatra. Um dos momentos dos quais não gosta de lembrar foi quando chegou tão bêbada em casa que vomitou na porta do elevador do prédio. As câmeras do circuito interno captaram a cena. “É meio constrangedor”.
Acostumado a lidar com dependentes químicos, o psiquiatra Dartiu Xavier não vê os "álcoolréxicos" como “normais”. “É um absurdo. Existem hoje medicações seguras para inibir o apetite. Não justifica usar o álcool, que é tóxico”. De acordo com ele, as pessoas nesse perfil, geralmente, "têm preocupação com o peso".
Também psiquiatra do Proad, Marcelo Niel calculou que, em um ano e meio, atendeu dez pacientes com esse perfil. A maioria era de mulheres. “Por causa da preocupação em não engordar, elas acabam bebendo e evitando a alimentação. É um fenômeno que vejo com frequência. Elas evitam comer para beber mais e escolhem bebidas de menor teor alcoólico”, disse Niel, que não vê o distúrbio como doença e sim um “erro de comportamento”. Para ele, está ligado aos transtornos alimentares e pode trazer complicações futuras. “O problema é a perda de controle. Se você não se alimenta e só bebe pode virar um alcoólatra e isso traz prejuízos mentais. A pessoa não se alimenta, não se hidrata”, acrescentou o psiquiatra.
Como se fosse água
Ficar quatro dias bebendo sem parar e sem comer é como uma rotina para Mariana (nome fictício), de 19 anos. “Quero emagrecer. Em alguns horários do dia, quando sinto fome, troco a refeição por uma bebida. Geralmente, é vodca”, contou a menina, que mora em Balneário Camboriú (SC). “Bebo como se fosse água”.
Medindo 1,65 m e pesando 58 kg, Mariana diz que perde a noção do quanto bebe. Calcula que seja meia garrafa de vodca em um dia. “Quando vejo que vou ficar mal, como alguma coisa. Quando eu comia, engordava com facilidade. Aí resolvi beber”. Questionada se não ficava enjoada ou de ressaca com tanto álcool, respondeu: “acho que meu organismo se acostumou”.
Competição de bebida
Na turma de amigos de Mariana, ela não é a única que tem o perfil dos álcoolréxicos. “Quando a gente está junto, fica competindo para ver quem bebe mais. Só que eu me controlo para não ficar muito mal”, contou ela. João (nome fictício), de 21 anos, também trocava o arroz e o feijão por algumas doses na mesa de bar ou em casa. “Você se olha no espelho e se vê gordo. Aí passa dois dias bebendo”, justificou ele. O rapaz jura que “parou de fazer isso” há quase dois meses. “Já estou tomando consciência. Vi que não me fazia bem. Como ficava muito tempo sem comer, comia tudo o que via pela frente”.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Quero mais um!
O turista brasileiro que desejar saborear em Paris o pãozinho branco chamado aqui de francês terá de voltar ao país natal para matar a vontade. Caso não suporte a espera, o jeito será comer o pistolet, redondo e leve, de origem belga. É preparação assemelhada. Apesar do nome, nosso pãozinho francês, com cerca de 50 gramas de peso, crosta estaladiça e miolo flexível, só existe no Brasil. É feito do Oiapoque ao Chuí. Por que, então, nós o chamamos de francês? Há várias hipóteses, uma delas fantasiosa. Conta que a receita surgiu no Rio de Janeiro, no início do século 20, por encomenda de brasileiros que iam a Paris e voltavam querendo um pão com as características do consumido na Europa. A explicação mais aceitável, porém, é que o nome estrangeiro deriva do tipo de farinha. Em toda a América de colonização ibérica, na Espanha e também na Inglaterra, empregou-se nos séculos 18 e 19 a expressão "pão francês". Segundo o historiador Carlos Ditadi, do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, "designava um produto elaborado com farinha branca de trigo, dotado de casca crocante e miolo flexível, alvo ou creme".
Foram justamente os franceses que começaram a produzir farinha branca e fina, moendo e peneirando o trigo descascado e limpo. Isso aconteceu no século 18. O rei da época, Luís XIV (1638-1715), virou apreciador daquele pão feito com um ingrediente tão requintado e caro. Enquanto isso, a população seguia comendo o tipo tradicional, escuro e rústico, à base de diferentes cereais, colhidos simultaneamente para compensar os estragos das muitas doenças nas espigas. Nobres e plebeus abonados da Europa imitaram Luís XIV. Afinal, tudo o que vinha da França era chique e bom. No Brasil, aconteceu o mesmo. Até o início do século 19, poucas pessoas tinham acesso à farinha de trigo, vinda de Portugal, e ao pão feito com ela. O sociólogo pernambucano Gilberto Freyre mostrou que a popularização dos dois produtos só começou em 1808, quando a corte de d. Maria I e do então futuro rei d. João VI se estabeleceu no Brasil, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte que invadiram Lisboa. Os soberanos lusitanos eram adeptos do pão branco. E adoravam a França.
Luís da Câmara Cascudo, no segundo volume de História da Alimentação no Brasil (Editora Itatiaia de Belo Horizonte/Universidade de São Paulo, SP, 1983), esclarece a contradição. O inimigo da corte portuguesa era Napoleão Bonaparte, não a cultura francesa, cuja influência se estendia a tudo. "Da França vinha o modelo, perfumes, roupas, porcelanas, cabeleiras, mulheres, saudações, tapetes, panos d’Arras, sofás, cadeirões, armários cinzelados e um mundo de coisas graciosas e dispensáveis", diz Cascudo. "Essa influência na etiqueta, indumentária, alcançou a mesa, arranjos, decoração, iguarias." Cardápio era chamado de menu, onde jacutinga e pombos caçados na Serra de Petrópolis e assados no forno de barro viravam jacutinga e pigeons sauvages à La Guanabara, enquanto salada de frutas em geleia se tornava gelée macédoine aux fruits. Segundo Cascudo, o padre Luís Gonçalves dos Santos, apelidado "o Perereca", historiador da época, jamais escrevia merenda ou sobremesa, por exemplo, embora nunca tivesse saído do Rio de Janeiro. "Só lhe acudia à pena de pato o dessert francês", divertiu-se. Sem esquecer que d. João VI era francófilo de batismo, pois teve como padrinho o rei Luís XV, da França. Entretanto, foi lenta a difusão da farinha de trigo, quase toda importada, como até hoje acontece.
Durante todo o século 19, viajantes estrangeiros se queixaram da falta de qualidade do pão brasileiro, quando não o encontravam substituído pelos beijus, farofas e mingaus de mandioca. Habitualmente, derivava de outros grãos, inclusive do milho. A mudança começou no Rio de Janeiro. T. von Leithold e L. von Rango, no livro O Rio de Janeiro Visto por dois Prussianos em 1819 (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1966), documentaram a existência de padeiros franceses na então capital do Brasil e reclamaram do alto preço do pão, assinalando que a farinha vinha dos Estados Unidos. Já o historiador Ditadi informa que, em 1816, a cidade tinha meia dúzia de padarias; em 1844, o número saltou para 33. Obviamente, o pão dito francês não era igual ao de hoje. Aconteceram mudanças. O trigo foi selecionado geneticamente, a agricultura se qualificou. Surgiram equipamentos modernos de panificação, reduziram-se os tempos de preparação, algumas vezes comprometendo a qualidade do pão. Em 1920, como lembra a enciclopédia francesa Larousse Gastronomique (Larousse-Bordas, Paris, 1996), apareceu a amassadeira mecânica. O forno, antigamente alimentado por lenha, depois a carvão, hoje é movido a eletricidade ou gás. O Brasil deixou de ter a França como modelo. Mas continuamos a tratar como se fosse estrangeiro nosso trivial pãozinho de cada dia.
domingo, 10 de maio de 2009
Feliz Dias das Mães
Paradoxos
“Ela tem 38 anos, fez MBA, é diretora de uma multinacional, morou um tempo fora do País e não teve tempo de achar um parceiro, mas tem o desejo de ser mãe. Esse é o perfil das mulheres que buscam o congelamento de óvulos. O desejo de ser mãe pode até tardar, mas não falha”, acredita o médico Eduardo Motta, diretor do Centro de Medicina Reprodutiva Huntington e doutor em ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Congelar os óvulos é a melhor opção para quem deseja ser mãe e chegou aos 35 sem perspectivas de realizar o sonho. Não por acaso, a cantora Ana Carolina - que completa essa idade em setembro - anunciou na semana passada que vai passar pela técnica. Segundo Motta, a idade avançada ameaça o sucesso de qualquer tratamento de fertilização . “A chance de engravidar pelo método in vitro é de 50% antes dos 35 anos e cai para 20% por tratamento após os 40”, diz.
Motta lembra que a opção pelo congelamento de óvulos tem sido cada vez mais comum. “Há dois anos a técnica ainda era cheia de problemas, hoje temos mais sucesso. Tenho atendido pelo menos um caso por mês. O problema é que quanto mais velha a mulher, pior fica a qualidade dos óvulos. Aos 40 anos, por exemplo, a biópsia vai acusar mais de 70% de embriões anormais.”
O médico garante que o envelhecimento das mamães é uma tendência. “A clínica é de 1995, época em que o público-alvo tinha entre 30 e 35 anos. Atualmente, 70% das pacientes têm mais de 35 anos e observo uma demanda crescente acima dos 40 anos. Nessa idade, contudo, a taxa de abortos dobra, o que também diminui a chance de sucesso.”
Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e do Setor de Infertilidade Conjugal do Hospital Pérola Byington, Artur Dzik diz que engravidar tardiamente pode trazer consequências negativas para a saúde da mãe e do bebê. “A prevenção do câncer de mama e de ovário associada à maternidade é mais frequente nas mães que têm entre 20 e 30 anos”, exemplifica. “Além disso, o risco de ter diabete, hipertensão e problemas placentários é um pouco maior na mulher que engravida tardiamente.”
A incidência de doenças graves no feto também aumenta conforme a idade da grávida avança. Se a chance de um bebê apresentar síndrome de Down é de um caso para mil nascimentos quando a mãe tem 30 anos, esse índice sobe para uma em cada 100 crianças entre as gestantes de 40 anos. “Ainda assim, esse risco é baixo. O principal problema é que muitas vezes não é mais possível engravidar. Ana Paula Padrão, por exemplo, tentou de tudo e não conseguiu. E Ivete Sangalo enfrentou dificuldades para realizar esse sonho”, lembra. A cantora baiana, de 37 anos, está grávida mas perdeu um bebê no ano passado.
Na opinião de Dzik, as mulheres têm a falsa ilusão de que a medicina reprodutiva pode recuperar o tempo perdido. “A gente pode fazer muita coisa, mas o obstáculo maior ainda é a idade da mulher. Quem posterga a gravidez pode ter escolhido não ter filhos. A mulher que malha todos os dias, cuida da pele e parece mais jovem acha que pode tudo. É difícil para ela entender que a aparência jovial não se reflete na idade ovariana. Atrasar a maternidade é uma tônica da mulher moderna, mas a natureza é implacável.”
Para Dzik, as mulheres estão em desvantagem perante o sexo masculino no campo reprodutivo. “Elas já nascem com os óvulos que carregarão pela vida toda, eles passarão por tudo de bom e de ruim que elas enfrentarão na vida. Os homens, ao contrário, renovam o sêmen a cada três meses. Ou seja: para elas o tempo é mais significativo. E, mesmo assim, o bebê fica cada vez mais para depois”, explica.
Maria Mariana
A escritora carioca que foi ícone da juventude nos anos 90 volta a polemizar com “Confissões de mãe”
Aos 19 anos, a carioca Maria Mariana tornou-se um ícone da década de 90. Seu livro Confissões de adolescente, lançado em 1992, vendeu 200 mil cópias, virou peça de teatro e tornou-se um memorável seriado de televisão. Aos 36 anos, distante da fama e mãe de quatro filhos, a escritora, atriz e filha do cineasta Domingos de Oliveira lança Confissões de mãe (Editora Agir), um livro nada rebelde, recheado de ideias que vão irritar as feministas. Nesta entrevista, realizada em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, onde mora hoje, ela defende as mães que deixam de trabalhar para cuidar de seus filhos. “Amamento há nove anos seguidos”, afirma. Com a mesma expressão serena que as pessoas se acostumaram a ver na série de televisão, a escritora diz ser contra o aborto e afirma que as mulheres deprimidas depois do parto são as que passaram a gravidez comprando roupinhas para o bebê.
QUEM É
Maria Mariana Plonczynski de Oliveira, 36 anos, escritora, autora, diretora e atriz. Filha do cineasta Domingos de Oliveira. Mãe de quatro filhos, casada, mora em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro
O QUE FEZ
Ficou famosa ao escrever Confissões de adolescente, que virou peça de teatro e seriado da TV Cultura na década de 90
O QUE PUBLICOU
Confissões de adolescente (Ed. Relume Dumará), Confissões de mãe (Ed. Agir)
Maria Mariana – Mudei muito, mas algumas coisas ficaram. Acredito que uma delas seja a criatividade no dia a dia. Eu sei fazer de um limão uma limonada. Tenho sempre um coelho na cartola, um assunto engraçado numa hora chata, uma forma de tornar aconchegante um ambiente ou uma situação difícil. Isso vem também do fato de eu adorar ser mãe. Mas a maternidade está em baixa.
Maria – O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. Sinto isso há quase dez anos, desde que eu decidi parar todas as minhas atividades para ter filhos e cuidar deles. A pressão foi inimaginável e veio de todos os lados. Da família, dos amigos, de quem mal me conhecia. Muita gente me perguntou se eu estava deprimida ou tinha síndrome de pânico. Meu pai também custou a entender. Eu era bem-sucedida, e largar a fama é um absurdo para as pessoas. Se alguém saiu da mídia por vontade própria, é porque tem algum problema grave. A verdade é que eu só descobri o que é trabalhar depois de ser mãe! Ser mãe é um trabalho social, o maior deles. É um esforço para garantir a criação de indivíduos de valor, mentalmente sadios, que contribuam para o bem geral. Pessoas equilibradas, educadas, que consigam se manter. Quando pequeno, o filho precisa de atenção especial e exclusiva. É nesse período que se formam a base do que ele será, o caráter, os valores. Depois, é difícil consertar.
Maria – Eu trabalhava como roteirista, sempre amparada pela sombra do sucesso de Confissões de adolescente, mas alguma coisa não estava fechando. Tive um primeiro casamento, dos 20 aos 23 anos, que não deu certo. Depois fui morar sozinha e tinha a impressão de que a vida se movia em círculos. Ao mesmo tempo, sempre tive a obsessão de ter filhos. Quando meus pais se separaram, eu estava com 7 anos e passei a viver com meu pai. Era filha única, muito madura, lia Dostoiévski e estava sempre cercada por amigos intelectuais dele. Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. Eu queria mudar de degrau, mudar de história. No meio disso tudo, conheci o André, meu marido. Um mês depois, estava grávida. Todos os meus filhos foram planejados. A primeira, Clara, foi de cesariana, o que foi uma decepção para mim. Os outros foram de parto normal.
Maria – Respeito a história da maternidade de cada mulher. Mas, depois que tive o parto normal, vi que é uma vivência fundamental. Se a mulher parir naturalmente, será uma mãe melhor. Todos falam do nascimento do bebê, mas esquecem que a mãe também nasce naquela hora. A mulher também tem de estar focada na amamentação.
Maria – Muitas não estão. Amamentar não é um detalhe, é para a mãe que merece. É importante e simplifica a vida. Vejo muitas mulheres com preocupações estéticas, se o peito vai cair, se vai ficar alguma cicatriz se o peito rachar. Aí o leite não vem. Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. Minha caçula, de 2 anos, ainda mama. Existe a realidade de cada um, mas é preciso elevar a consciência sobre o que fazemos. Há mulheres que passam nove meses no shopping, comprando roupinhas, aí depois marcam a cesárea e pronto. Acabou o processo. Aí sabe o que acontece? Elas têm depressão pós-parto.
Maria – Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme.
Maria – Valorizo. Teve seu momento, foi fundamental para abrir espaços, possibilidades. Mas as necessidades hoje são outras. Precisamos unir a geração de nossas avós com a de nossas mães para chegar a um equilíbrio feminino. Eu não sou dona da verdade. Não à toa, fiz meu livro como um diálogo entre mim e minha filha. Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza – sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro.
Maria – Casamento é um degrau que a pessoa tem para caminhar para a frente. Quem opta por ficar sozinho não desenvolve aprendizados que o casamento dá. Apanhar cueca suja que o marido deixa no chão é um aprendizado de paciência e dedicação. As pessoas pensam em união apenas como o espaço da alegria, do conforto. Casamento é embate, negociação e paciência. É preciso insistir e vencer. Saber que não se muda o outro. É preciso mudar a nós mesmos.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Tempo disponível: não tenho tempo
Mudando de assunto, a mais de uma semana que o site bacaninha, mão na roda para colocar música no blog estava fora do ar para fazer upload e eu querendo subir músicas para colocar aqui, já tinha desistido quando hoje passei por lá, just in case e o upload estava funcionando novamente. Para comemorar aqui vai uma música da Nina Simone que tenho escutado bastante depois que desenterrei do limbo que está a minha pasta de músicas. A "Esse seu olhar" é para fechar o post sobre a Diana Krall cantando em português, essa é a versão original cantanda pela Nara. A "Paula e Bebeto" voltou a tocar no meu iTunes depois que a coloquei no playlist do último jantar aqui em casa.
sábado, 2 de maio de 2009
Souper
Hoje tem jantar aqui em casa. Na verdade marcamos o jantar como pretexto para fazer novamente o "Frango Assado com Couscous", receita do Panelinha, que eu fiz no jantar de despedida da Renata. Dessa vez decidimos fazer dois frangos para ter quentinha para o almoço do dia seguinte. Segunda-feira saí do trabalho as 14h00(tenho que confessar que estou ficando mal acostumada, quando saio as duas ainda tenho a tarde inteira pela frente mesmo já tendo trabalhado 5 horas) e fui até o Jean-Talon comprar os frangos, até agora o açougue do Jean-Talon é o que tem o melhor preço de frango orgânico, $11.00/kg do frango inteiro.
A receita do Frango Assado com Couscous está aqui, dessa vez segui a receita da marinada mas adicionei uma cebola cortada em rodelas e um pouco de gengibre em pó.
Para a sobremesa fiz uma Tarte Tatin, já que não tinha ficado lá muito satisfeita com e resultado da que eu fiz para o jantar de St-Valentin, dessa vez ela ficou no ponto, acertei o ponto da massa e o ponto de cozimento das maçãs.
Para salada fiz uma mistura de folhas verdes com manga e um vinagrete de enchalotas, mel, limão, azeite, sal e pimenta que copiei do livro "New Flavors for Salads", básica mas com o frescor do verão.
The Perfect Tarte Tatin*
First make the pastry: sift together 215g(1 3/4 cup) plain all-purpose flour and a pinch of salt into a large bowl, then rub 160g chilled, chopped unsalted butter in until the mixture resembles breadcrumbs.
Add 1 egg yolk and 2-3 tsp of ice-cold water and, using a flat-bladed knife, mix until dough just starts to come together. Work the dough until it became a ball, wrap in plastic wrap and refrigerate for 30 minutes.
Peel, core and quarter 1.3kg of eating apples. Combine 60g unsalted butter and 170g(3/4 cup) superfine sugar in a deep oven-proof frying pan.
Heat until the butter is melted and sugar has dissolved. Arrange the apples over the base of the pan, placing then in rings and making sure there are no gaps. Cook over low heat for 35-40 minutes, basting often with pan juices or until apples are soft and pan juices are very reduced and are light caramel. Remove from heat. Preheat the oven to 190ºC.
Roll put the pastry on a lightly floured board to form a 3 mm thick circle larger than the frying pan. Lay the pastry over the apples, pressing gently around the edge of the pan to enclose the apples. Bake for 25-30 minutes or until the pastry is golden and cooked through. Remove from the oven then stand for 5 minutes before inverting the tart onto a plate. Serve it warm or at room temperature with whipped cream.
*Do livro "Cooking French"