quinta-feira, 28 de maio de 2009

Circo com Cookies

Quando a Luana me falou que o Cirque du  Soleil tinha fechado o espetáculo da Quinta-feira às 16hoo para amigos do staff com ingressos com 50% de desconto, fiquei logo triste porque pensei que fosse trabalhar nessa quinta justamente até as 16h00(ainda não incorporei 100% a nova rotina).

Demorei  para lembrar que quinta agora é meu dia de folga e que jeito melhor de aproveitar o break do trabalho do que com um espetáculo de circo? Dez minutos depois estava tudo combinado e a Luana muito paciente comprou os nossos ingressos. Para agradecer a gentileza eu assei uma fornada de cookies para ela(e aproveitei para experimentar mais uma receita do livro da Martha Stweart)

Double Chocolate Coconut Cookies

2 cups (2 sticks) unsalted butter, room temperature
1/2 cup granulated sugar
3/4 cup packed light brown sugar
2 large eggs
1 tsp vanilla extract
1 3/4 cups all-purpose flour
1/4 cup unsweeted cocoa powder
1 tsp baking soda
1/2 tsp baking powder
1/2 tsp salt
2 cups white chocolate chuncks
1 3/4 cups sweetened flaked coconut
1 3/4 coarsely chopped walnuts

1. Preheat oven to 350ºF. Put butter and sugar in the bowl and mix on medium speed until smooth. Mix in the eggs one at a time. Stir in vanilla.

2. Sift flour, cocoa powder, baking soda, baking powder, and salt into a bowl. Mix into butter mixture on low speed until well combined. Stir in chocolate, coconut, and walnuts.

3. Bake until set, 10 to 12 minutes. Let cool completely on wire racks. 

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Japa

Com a cozinha japonesa eu não me arrisco. Nunca tentei fazer em casa as delícias que a gente come no restaurante, acho a cozinha japonesa tão delicada e elegante que não tenho coragem de utilizar os meus dotes culinários para experimentar as receitas, prefiro deixar para quem entende do assunto.

Normalmente é relativamente fácil achar um bom restaurante japonês com preços acessíveis e um menu apetitoso...mas não em Montreal. Desde que cheguei estava procurando um bom restaurante para acabar com as vontades que vem do nada e que não passam de comer comida japonesa que infelizmente as minhas panelas não podem resolver. Estava na procura, pergunta para um, para outro, no trabalho, para o amigo do amigo e nada de uma boa indicação.

Depois de cair numa roubada e experimentar o Yosoko que fica na Mt-Royal(eu e mais 3 amigos que também moram no bairro também cometeram o mesmo erro), heis que as indicações chegaram finalmente.

O primeiro resto japa é o Kanda, que fica no centro, um na Maisonneuve com a Bishop e outro na St-Catherine do lado da La Baie, eu prefiro o da Bishop, mas o da St-Catherine dá desconto para estudantes(o que não é o meu  caso ainda). O resto é bom mas um pouco fora de mão para mim e eu também não sou muito fã do centro para sair com os amigos já que estou por lá 5 dias por semana para trabalhar.

O outro resto é o Guinza, eu estava ensaiando um jantar lá há um tempão, até que na semana passada eu estava de bobeira a noite e com vontade zero de cozinhar, quase adivinhando a vizinha do outro lado da linha pergunta "Vamos no Japa?". E assim eu descobri o meu restaurante japonês em Montreal, 5 minutos à pé da minha casa, o que eu quero mais?

Kanda
2045, rue Bishop
514.845.8868
Métro: Guy-Concordia

537, rue St-Catherine O.
514.288.3868
Métro McGill

4593, rue St-Denis
514.904.0079
Métro: Laurier/Mt-Royal

As alegrias serão de todos

Fiquei surpresa quando na semana passada 3 pessoas ficaram empolgadíssimas com a possibilidade de assistir a Globo pela internet. Quinta passada convidei a vizinha para almoçar comigo, quando ela chegou aqui em casa eu estava "en train" de preparar o almoço com o Vídeo Show como pano de fundo. Quando a vizinha percebeu que eu estava assistindo a Globo como se estivesse no Brasil ela quase não acreditou..

"Mas Ari é gravado?"
Não é em tempo real...
Mas você paga?
Claro que não!
Mas como assim?!! Que ótimo! Me passa o link depois?
Claro flor te mando por e-mail"

E voltamos ao nosso almoço.

Durante o Chá de Bebe da Cenília semana passada comentei com a Dani e com a Érika alguma coisa sobre a novela das oito...

"Como assim você assiste a novela?
Ué pela internet, assisto a novela, o Jornal Nacional, Jornal da Globo....
Nossa, que tudo! Me manda o link?
Mas é claro..."

Então aqui vai, para os Brazucas que não querem perder a novela, que querem um beijo do Gordo, o boa noite do William Bonner e que estão com saudades até das narrações ultra emocionadas do Galvão Bueno, o link para assistir a Globo pela internet.

http://pt-br.justin.tv/

domingo, 24 de maio de 2009

Bolo de Chocolate

Para o aniversário da Thaís resolvi experimentar a receita de Bolo de Chocolate do livro da Josée di Stasio que me deu água na boca. Queria saber se poderia incluir a receita no repertório de receitas de Bolo de Chocolate do meu caderno, que devo confessar é bem escasso, 2 bolos e só, mas ambos extraordinários. Um é o Mudcake, receita que eu peguei no blog da Rita Lobo do Panelinha, a receita é da mãe dela, não é um bolo tradicional mas é delicioso. O outro é o clássico Gâteau au Chocolat, que eu aprendi a fazer com a Jenny em Lyon. O bolo ainda está no forno assando, mas está com uma cara bonita que só, vou ficar no mesmo dilema da Torta de Limão, será que a Thaís vai ficar brava comigo se eu comer um pedaço antes da festa?

Gâteau au Chocolat du Cluny

8 oz de chocolat semi-sucré, haché grossièrement 
1/2 tasse de beurre doux 
1 tasse d’eau bouillante 
3 oeufs séparés 
2 tasses de sucre 
2 c. à thé de vanille 
1/2 tasse de crème sure 
1 c. à thé de bicarbonate de soude 
2 tasses de farine 
1/2 tasse de poudre de cacao 
1 1/2 c. à thé de poudre à pâte 
1/2 c. à thé de sel 

Le gâteau se fait en 4 étapes. 
Préchauffer le four à 180°C/350°F. 

Beurrer généreusement un moule à cheminée. Bunt ou droit, fariner le moule. Au bain-marie, fondre 180 g (6 oz) de chocolat avec le beurre. Ajouter l’eau bouillante. Réserver. Dans un grand bol, battre ensemble les œufs*, le sucre et la vanille. Réserver. Dans un autre bol, battre ensemble la crème sure et le bicarbonate. Réserver. Dans un grand bol, mélanger la farine, le cacao, la poudre à pâte et le sel. Réserver. Au mélange de chocolat/beurre/eau, ajouter le mélange œufs/sucre/vanille. Verser sur les ingrédients secs, incorporer à la cuillère. Fouetter ensuite pour bien mélanger. Les ingrédients secs devront être complètement incorporés. Incorporer la crème sure et le reste du chocolat haché. Verser l’appareil dans le moule préparé. Cuire environ 40 minutes ou jusqu’à ce qu’un pic en ressorte propre. Démouler le gâteau sur une grille, le laisser refroidir. 

Ganache : Chauffer 125 ml (1/2 tasse) de crème 35%. Au point d’ébullition. Verser la crème bouillante sur 180 g (6 oz) de chocolat semi-sucré haché. Retirer du feu, continuer de brasser jusqu’à ce que le chocolat soit bien fondu. Tiédir et chambrer. Verser sur le gâteau. 

*Darnhel sépare les oeufs. Il mélange les jaunes avec le sucre et la vanille qu’il ajoute ensuite au mélange de chocolat. À la fin, il bat légèrement les blancs pour les incorporer ensuite à la pâte. Pour simplifier les opérations, nous fouettons ensemble les œufs entiers, le sucre et la vanille juste avant de les incorporer au mélange de chocolat/beurre fondu.

raspas da casca de 1 limão
 
4 ovos
 
120 g de manteiga

1 ¼ de xícara (chá) de açúcar
 
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
 
2 colheres (sopa) de vinho do Porto
 
200 g de chocolate em pó
 
1 pitada de sal

 

1. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média). Com um pedaço de papel-toalha, unte com manteiga o fundo e as laterais de uma assadeira retangular média de 35 cm x 25 cm. Polvilhe com farinha de trigo.
 
2. Raspe a casca de 1 limão com cuidado para não ralar a parte branca (que poderá amargar a receita).
 
3. Derreta os 120 g de manteiga no microondas. Se preferir, coloque a manteiga em uma panelinha e leve ao fogo baixo, ou ao banho-maria, e desligue assim que derreter.
 
4. Separe as gemas das claras. Na batedeira, bata as claras até o ponto neve. Comece batendo a velocidade baixa e, depois de 2 minutos, aumente a velocidade. Quando começar a formar picos, desligue. Transfira para outra tigela e reserve.
 
5. Sem lavar a tigela e a pá da batedeira, bata as gemas com o açúcar até obter uma gemada clarinha. Junte a farinha de trigo, o vinho do Porto, as raspas de limão e a pitada de sal.
 
6. Reduza a velocidade da batedeira, adicione metade do chocolate em pó e bata apenas para misturar. Aumente a velocidade e junte metade da manteiga derretida. Repita o procedimento com o chocolate e a manteiga restantes.
 
7. Sem parar de bater, junte a metade da clara em neve e bata levemente apenas para misturar. Desligue a batedeira e incorpore a outra metade da clara em neve, misturado com uma espátula. 
8. Transfira a massa para a assadeira preparada, espalhe uniformemente e leve ao forno preaquecido para assar por 20 minutos. Na hora de retirar do forno, espete um palito no centro do bolo. Se sair limpo, está pronto. Caso contrário, deixe assar por mais alguns minutos.

 

Para a calda


1 lata de creme de leite
 
1 xícara (chá) de chocolate em pó
 
1 colher (chá) de essência de baunilha

 

1. Enquanto o bolo está no forno, misture os ingredientes numa panelinha. Leve ao fogo baixo e continue mexendo até aquecer. Não deixe ferver.
 
2. Assim que retirar o bolo do forno, espalhe a cobertura. Sirva à temperatura ambiente ou leve à geladeira e sirva gelado. Sorvete de creme acompanha este bolo muito bem

sábado, 23 de maio de 2009

Millenium

Falei aqui sobre a febre(um pouco insana) com a série Twilight da Stephanie Meyer, os livros são bestsellers na sessão Adolescente e durante o Natal a quantidade de livros que chegavam na livraria era inacreditável, cada remessa vinha com 200, 300 livros e eles acabavam num piscar de olhos. Eu pensei que depois do Natal as vendas iriam acalmar um pouco(bem como as adolescentes histéricas), santa ingenuidade, passado o Natal não só a gente continuou recebendo as mesmas quantidades de livros como começaram a chegar o outros produtos Twilight related, como calendários, camisetas(I love boys that sparkles), bolsas, band-aid(!!!!), marcadores de livros, posters, relógios e assim vai. Pelo menos uma vez por dia quando estou no subsolo eu responso a uma pergunta relacionada à série.

Ontem lendo o Métro vi a notícia sobre o lançamento do primeiro filme baseado no primeiro livro da série Millenium do autor sueco Stieg Larson, que está na lista dos bestsellers em francês. A febre Millenium não é como a febre Twilight mas espero escutar bastante nas próximas semanas "Excusez-moi, où est la série Millenium, s'il vous plaît? Qu'elle est le premier?".


Quand on la voit enfin apparaitre à l’écran, de dos, mains dans les poches de son blouson de cuir, dévalant les couloirs du métro, on en frissonne presque d’excitation.

L’héroïne de Millenium, c’est elle, Lisbeth. Noomi Rapace, une inconnue de 29 ans, était attendue au tournant en enfilant la carapace de cette anti-héroïne. Verdict : elle crève l’écran.


Réalisée par le Norvégien Niels Arden Oplev, l’adaptation du premier tome de la saga qui a captivé près de 13 millions de lecteurs, Les hommes qui n’aimaient pas les femmes, propose deux heures et demie aussi noires que denses.

Condamné à tort par un entrepreneur véreux, Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) se retrouve dans le nord de la Suède pour enquêter sur la disparition d’une jeune fille, plongeant dans une sordide histoire de famille aux relants nazis. Pour l’aider, on lui impose une fille asociale, tatouée… et géniale.

Traumatisée par un passé que l’on découvrira par bribes, Lisbeth Salander (Rapace) représente une société suédoise à l’opposé de son image propre et sage.

Rencontre avec une étoile montante qui, depuis le tournage de Millenium, a retrouvé son sourire.

Faut-il être un peu fou pour jouer Lisbeth Salander?

Sûrement! Quand j’ai lu les livres, je me suis projetée dans Lisbeth, comme je le fais toujours dans tout ce que je vois! Elle est double, complexe, c’est une vraie tête de mule, mais je l’adore, je suis aussi comme ça, parfois! [Rires] Lisbeth ne correspond à aucun stéréotype. Dans la première version du scénario, on avait rendu Lisbeth un peu trop douce et gentille à mon goût. J’étais horrifiée, je ne pouvais pas jouer comme ça, à l’américaine! Alors, j’ai dû imposer ma vision, et j’ai gagné.

Comment s’est opérée votre transformation?
J’ai suivi un entraînement de kick-boxing pendant six mois avant le tournage. J’ai tenté de gommer ma féminité, de me comporter davantage en mec. Dans le livre, Lisbeth est menue, presque anorexique, elle ne se nourrit que de junk food et fume tout le temps, elle n’était pas très réaliste. J’ai essayé de la transformer en personne réelle. Maigrir et me durcir ne suffisait pas : j’ai voulu jouer moi-même les scènes d’action, et pour la scène de viol, j’ai dû laisser parler la peur au fond de moi.

Vous doutez-vous que vous éclipsez Blomkvist?
On s’est beaucoup disputés avec le réalisateur à propos des coupes, du rôle que Lisbeth devait jouer, de sa relation avec Blomkvist… Mais je crois que ça respecte le livre.

Vous avez tourné les trois films en très peu de temps. Avez-vous quitté Lisbeth avec soulagement ou regret?
On était très fatigués après le tournage du premier, et le fait de changer de réalisateur a amené de la fraîcheur, une nouvelle énergie. Lisbeth me manque un peu, mais c’est bien aussi que ce soit terminé…

Arrumadinhos

Outro dia xeretando no site da Tpm achei o link para o blog Vende na Farmácia. A idéia é dar dicas de produtos de beleza acessíveis ao bolso. Hoje estava lendo as postagens mais recentes e me diverti muitíssimo com a postagem escrita por um amigo de uma das donas do blog para a seção "Macho sem frescura".

"Cara Renata: como homem preciso te avisar que pedir pra ele usar uma “máscara” na hora do futebol é maldade pura; é como pedir pra você limpar a geladeira ao invés de ir ao shopping.

Hora do futebol é sagrada! É hora de gritar, suar, tomar umas cervas com os amigos e não ficar com o rosto melecado na frente da TV enquanto vê Flamengo e Botafogo. Pegue leve com o rapaz.

A solução está em oferecer produtos fáceis de usar ( dë um kit pra ele, duvido que não use), mas que possam ser usados não na hora do futebol, mas durante o banho! Aí não tem desculpas, sem frescura, rápido e eficiente, problema resolvido.

Segue a minhas dicas de produtos que são Vendidos na Farmácia para evitar cravos no seu amado, ok?

PS: Não se esqueça: ficar espremendo cravos do namorado além de bem nojento, pode deixar marcas e inflamar, por isso, deixe essa tarefa pra esteticista, ok?

Sabonete Efaclar – La Roche Possay ( uso diário, pela manha e a noite), Esfoliante Clean & Clear (esfoliação 1 vez por semana tá de bom tamanho)"


Até a próxima."

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Para Meninas 2

No post daqui de baixo eu falei sobre a venda anual da La Senza, pois bem, vim aqui atualizar o mesmo porque não quero que ninguém fique bravo comigo porque foi em roubada por causa do blog. Fui na liquidação ontem e que decepção.....tirando a fila de uma hora e meia para entrar, o que já era esperado, não tinha nada de muito interessante à venda, muitos dos produtos já tinham acabado ou sobrado só o tamanho XS, e no meio dos produtos restante era preciso procurar muito, mas muito mesmo para achar algo bom. Voltei para casa com 2 sutiãs e só. Vale mais a pena esperar as liquidações na própria loja da La Senza.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Para Meninas

Quarta-feira começa o saldão da La Senza. Tudo a menos de 5 dólares...para fazer um estrago no cartão de crédito!!

La Senza Warehouse Sale
Old Winners Building next to Rona
3610 Blvd. Cotê Vertu
Saint-Laurent-QC
Metro Sauvé - Bus 121
De 21/05 a 14/06

Wednesday: 10 AM to 6 PM
Thursday: 10 AM to 9 PM
Friday: 10 AM to 9 PM
Saturday: 10 AM to 5 PM
Sunday: 10 AM to 5 PM
Monday - Closed
Tuesday – Closed

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Chá de Bebê


Desde que recebi o convite para o Chá de Bebê da Cenília, estava pensando no que iria fazer para levar. Achei a oportunidade ótima para testar mais uma receita de cookie da livro da Martha Stewart e para experimentar o bolo de amêndoas da mãe da Lucia. Segundo a Babi, que está virando expert em cookies, os cookies de amendoim não são tão gostosos quanto os de banana do Tricot Thé mas não deixam a desejar. O bolo tem jeito de bolo para se tomar com café a tarde, com gosto de interior, uma delícia e uma ótima opção para quem não pode comer manteiga, já que as receitas de bolo feitos com óleo são bem mais restritas(no meu caderno de receitas só tem de laranja, cenoura e fubá), com esse dá para fazer todo mês um bolo diferente por semana.




Peanut Butter Cinnamon Chocolate Cookies

2 cups all-purpose flour
1 tsp baking soda
1 tsp salt
1/2 tsp ground cinnamon
3/4 cup(1 1/2 sticks) unsalted butter room temperature
1/2 cup smooth peanut butter
1 cup packed light brown sugar
2 large eggs
1 1/2 cups semisweet chocolate chips
2/3 cup roasted, salted peanuts, coarsely chopped
2 tsp pure vanilla extract
                                                                                 
1. Preheat the oven to 350ºC. Whisk together flour, baking soda, salt and cinnamon in a bowl.
2. Put butter and peanut butter together in a bowl and mix until combined. Add sugars, mix 2 minutes. Mix in eggs. Gradually add flour mixture; mix until just combined. Fold in chocolate chips, peanuts and vanilla until well distributed. Refrigerate dough until slightly firm, 15 minutes.
3. Roll dought into 1-inch balls 2 to 3 inches apart on baking sheets lined with parchment paper. Bake until just golden, about 13 minutes. Transfer cookies to wire racks to cool.


Gâteau de Maman Cisneros

250 grs de farine
250 grs d'amandes moulues
1 tasse de lait
4 œufs
1/2 tasse d'huile
1 cuillère à soupe de poudre à pâte
1 tasse de sucre

Battre les œufs et le sucre avec le mélangeur (il faut que le volume augmente). En mélangeant doucement avec une cuillère en bois, ajouter la farine, l'amande moulue et la poudre à pate en alternant avec le lait et finalement ajouter l'huile. Mettre au four (350ºC). Dans le moule, tu peux mettre de la cassonade et du beurre dans le fond et laisser fondre un peu, puis ajouter des amandes tranchées et ensuite ajouter le mélange et le mettre au four.

sábado, 16 de maio de 2009

Disfunções

‘Álcoolréxicos’ substituem refeições por bebidas e têm comunidade no Orkut

 Maioria dos seguidores é jovem e não quer engordar. 
Médicos de SP alertam para os riscos de dependência química.

 “Eu sou 'álcoolréxica', mas vivo muito bem assim!!! (...) Pra que comer?? Vamos beber e ficar legal!!”. O trecho desse depoimento que uma jovem deixou no Orkut em março de 2007 resume um tipo de comportamento que tem preocupado os médicos. Homens e mulheres, a maioria na faixa entre 18 e 25 anos, estão substituindo as refeições por bebidas alcoólicas. Para a maioria, o objetivo é emagrecer. Os médicos alertam para os riscos de dependência química.

O termo é recente e, em inglês, pode ser traduzido para drunkorexia. “Dez latas de cerveja valem por um bifinho. Certeza”, diz outra jovem na mesma página da comunidade do Orkut sobre o tema. Uma terceira amiga responde: “e depois de dez latas de cerveja eu sempre quero um bifinho. (...) Vamos parar com essa mamata de ficar comendo. Vamos voltar a beber!”.

 O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que a preferência das pessoas que têm esse vício é pelos destilados. “Se a pessoa bebe cerveja, fica com a barriga estufada. O álcool [nos destilados] suprime o apetite e, tomado em grande quantidade, dá uma sensação de saciedade e certo enjoo da comida”, explicou.

Barriga 'estufada' e incômodo

Formada em administração de empresas, a paulistana Camila (nome fictício), de 36 anos, acredita estar curada do problema. Ela conta que deixava de comer à noite quando saía com os amigos para beber mais e aproveitar “a balada”. Constrangida, não quer se identificar. “Eu substituía o jantar pelo álcool e não tomava cerveja, mas saquê porque é mais levinho, tem menos calorias”, relata. 

Camila passou a suprimir os pratos noturnos depois que começou a se sentir incomodada. “Eu comia, ficava estufada e ia para a balada beber cerveja. Então, ficava mais estufada ainda”. De acordo com ela, jantar e sair em seguida causava um desconforto. “A roupa aperta e você se sente mais gorda. Incomoda”. 

Hoje, sete meses após ter procurado a ajuda de um psiquiatra, Camila considera ter superado o problema. Por orientação médica, parou de comer alimentos mais pesados, como arroz e carne, e colocou no prato saladas e sanduíches feitos com peito de peru e queijo branco. “Foi uma reeducação”. 

Camila conta que foi a um psiquiatra a pedido dos amigos, que acharam que ela estava virando alcoólatra. Um dos momentos dos quais não gosta de lembrar foi quando chegou tão bêbada em casa que vomitou na porta do elevador do prédio. As câmeras do circuito interno captaram a cena. “É meio constrangedor”.

Acostumado a lidar com dependentes químicos, o psiquiatra Dartiu Xavier não vê os "álcoolréxicos" como “normais”. “É um absurdo. Existem hoje medicações seguras para inibir o apetite. Não justifica usar o álcool, que é tóxico”. De acordo com ele, as pessoas nesse perfil, geralmente, "têm preocupação com o peso".

Também psiquiatra do Proad, Marcelo Niel calculou que, em um ano e meio, atendeu dez pacientes com esse perfil. A maioria era de mulheres. “Por causa da preocupação em não engordar, elas acabam bebendo e evitando a alimentação. É um fenômeno que vejo com frequência. Elas evitam comer para beber mais e escolhem bebidas de menor teor alcoólico”, disse Niel, que não vê o distúrbio como doença e sim um “erro de comportamento”. 

Para ele, está ligado aos transtornos alimentares e pode trazer complicações futuras. “O problema é a perda de controle. Se você não se alimenta e só bebe pode virar um alcoólatra e isso traz prejuízos mentais. A pessoa não se alimenta, não se hidrata”, acrescentou o psiquiatra.

Como se fosse água 

Ficar quatro dias bebendo sem parar e sem comer é como uma rotina para Mariana (nome fictício), de 19 anos. “Quero emagrecer. Em alguns horários do dia, quando sinto fome, troco a refeição por uma bebida. Geralmente, é vodca”, contou a menina, que mora em Balneário Camboriú (SC). “Bebo como se fosse água”. 

Medindo 1,65 m e pesando 58 kg, Mariana diz que perde a noção do quanto bebe. Calcula que seja meia garrafa de vodca em um dia. “Quando vejo que vou ficar mal, como alguma coisa. Quando eu comia, engordava com facilidade. Aí resolvi beber”. Questionada se não ficava enjoada ou de ressaca com tanto álcool, respondeu: “acho que meu organismo se acostumou”. 

Competição de bebida

Na turma de amigos de Mariana, ela não é a única que tem o perfil dos álcoolréxicos. “Quando a gente está junto, fica competindo para ver quem bebe mais. Só que eu me controlo para não ficar muito mal”, contou ela. João (nome fictício), de 21 anos, também trocava o arroz e o feijão por algumas doses na mesa de bar ou em casa. “Você se olha no espelho e se vê gordo. Aí passa dois dias bebendo”, justificou ele. O rapaz jura que “parou de fazer isso” há quase dois meses. “Já estou tomando consciência. Vi que não me fazia bem. Como ficava muito tempo sem comer, comia tudo o que via pela frente”.

Do G1 - Portal de notícias da Globo

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quero mais um!

Por Dias Lopes - Paladar

O turista brasileiro que desejar saborear em Paris o pãozinho branco chamado aqui de francês terá de voltar ao país natal para matar a vontade. Caso não suporte a espera, o jeito será comer o pistolet, redondo e leve, de origem belga. É preparação assemelhada. Apesar do nome, nosso pãozinho francês, com cerca de 50 gramas de peso, crosta estaladiça e miolo flexível, só existe no Brasil. É feito do Oiapoque ao Chuí. Por que, então, nós o chamamos de francês? Há várias hipóteses, uma delas fantasiosa. Conta que a receita surgiu no Rio de Janeiro, no início do século 20, por encomenda de brasileiros que iam a Paris e voltavam querendo um pão com as características do consumido na Europa. A explicação mais aceitável, porém, é que o nome estrangeiro deriva do tipo de farinha. Em toda a América de colonização ibérica, na Espanha e também na Inglaterra, empregou-se nos séculos 18 e 19 a expressão "pão francês". Segundo o historiador Carlos Ditadi, do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, "designava um produto elaborado com farinha branca de trigo, dotado de casca crocante e miolo flexível, alvo ou creme".

Foram justamente os franceses que começaram a produzir farinha branca e fina, moendo e peneirando o trigo descascado e limpo. Isso aconteceu no século 18. O rei da época, Luís XIV (1638-1715), virou apreciador daquele pão feito com um ingrediente tão requintado e caro. Enquanto isso, a população seguia comendo o tipo tradicional, escuro e rústico, à base de diferentes cereais, colhidos simultaneamente para compensar os estragos das muitas doenças nas espigas. Nobres e plebeus abonados da Europa imitaram Luís XIV. Afinal, tudo o que vinha da França era chique e bom. No Brasil, aconteceu o mesmo. Até o início do século 19, poucas pessoas tinham acesso à farinha de trigo, vinda de Portugal, e ao pão feito com ela. O sociólogo pernambucano Gilberto Freyre mostrou que a popularização dos dois produtos só começou em 1808, quando a corte de d. Maria I e do então futuro rei d. João VI se estabeleceu no Brasil, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte que invadiram Lisboa. Os soberanos lusitanos eram adeptos do pão branco. E adoravam a França.

Luís da Câmara Cascudo, no segundo volume de História da Alimentação no Brasil (Editora Itatiaia de Belo Horizonte/Universidade de São Paulo, SP, 1983), esclarece a contradição. O inimigo da corte portuguesa era Napoleão Bonaparte, não a cultura francesa, cuja influência se estendia a tudo. "Da França vinha o modelo, perfumes, roupas, porcelanas, cabeleiras, mulheres, saudações, tapetes, panos d’Arras, sofás, cadeirões, armários cinzelados e um mundo de coisas graciosas e dispensáveis", diz Cascudo. "Essa influência na etiqueta, indumentária, alcançou a mesa, arranjos, decoração, iguarias." Cardápio era chamado de menu, onde jacutinga e pombos caçados na Serra de Petrópolis e assados no forno de barro viravam jacutinga e pigeons sauvages à La Guanabara, enquanto salada de frutas em geleia se tornava gelée macédoine aux fruits. Segundo Cascudo, o padre Luís Gonçalves dos Santos, apelidado "o Perereca", historiador da época, jamais escrevia merenda ou sobremesa, por exemplo, embora nunca tivesse saído do Rio de Janeiro. "Só lhe acudia à pena de pato o dessert francês", divertiu-se. Sem esquecer que d. João VI era francófilo de batismo, pois teve como padrinho o rei Luís XV, da França. Entretanto, foi lenta a difusão da farinha de trigo, quase toda importada, como até hoje acontece.

Durante todo o século 19, viajantes estrangeiros se queixaram da falta de qualidade do pão brasileiro, quando não o encontravam substituído pelos beijus, farofas e mingaus de mandioca. Habitualmente, derivava de outros grãos, inclusive do milho. A mudança começou no Rio de Janeiro. T. von Leithold e L. von Rango, no livro O Rio de Janeiro Visto por dois Prussianos em 1819 (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1966), documentaram a existência de padeiros franceses na então capital do Brasil e reclamaram do alto preço do pão, assinalando que a farinha vinha dos Estados Unidos. Já o historiador Ditadi informa que, em 1816, a cidade tinha meia dúzia de padarias; em 1844, o número saltou para 33. Obviamente, o pão dito francês não era igual ao de hoje. Aconteceram mudanças. O trigo foi selecionado geneticamente, a agricultura se qualificou. Surgiram equipamentos modernos de panificação, reduziram-se os tempos de preparação, algumas vezes comprometendo a qualidade do pão. Em 1920, como lembra a enciclopédia francesa Larousse Gastronomique (Larousse-Bordas, Paris, 1996), apareceu a amassadeira mecânica. O forno, antigamente alimentado por lenha, depois a carvão, hoje é movido a eletricidade ou gás. O Brasil deixou de ter a França como modelo. Mas continuamos a tratar como se fosse estrangeiro nosso trivial pãozinho de cada dia.

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz Dias das Mães

Mãe: Origem, causa, fonte. Ser fantástico, espécie de sereia de água doce, também chamado uiara e iara. Ascendente feminino em primeiro grau. Mulher generosa, que dispensa cuidados maternais. Alma mãe, alma máter: a natureza como princípio criador.

Um Feliz Dias das Mães para todas as mulheres incríveis que contrariando toda a lógica racional decidem embarcar na louca e desconhecida aventura(que vem sem manual) de criar um filho. 

Paradoxos

Relógio Atrasado
Falta conseguir um aumento, terminar a pós-graduação e achar o parceiro ideal, mas o corpo tem pressa. Pouco importa se um mundo de oportunidades se apresenta diante da mulher moderna. Por dentro, ela continua igual há décadas: a natureza ainda espera por uma gravidez aos vinte e poucos anos. A biologia não contava com anos extras de estudo e com trajetórias profissionais que atrasariam em quase dez anos o relógio biológico da brasileira. 

“Ela tem 38 anos, fez MBA, é diretora de uma multinacional, morou um tempo fora do País e não teve tempo de achar um parceiro, mas tem o desejo de ser mãe. Esse é o perfil das mulheres que buscam o congelamento de óvulos. O desejo de ser mãe pode até tardar, mas não falha”, acredita o médico Eduardo Motta, diretor do Centro de Medicina Reprodutiva Huntington e doutor em ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Congelar os óvulos é a melhor opção para quem deseja ser mãe e chegou aos 35 sem perspectivas de realizar o sonho. Não por acaso, a cantora Ana Carolina - que completa essa idade em setembro - anunciou na semana passada que vai passar pela técnica. Segundo Motta, a idade avançada ameaça o sucesso de qualquer tratamento de fertilização . “A chance de engravidar pelo método in vitro é de 50% antes dos 35 anos e cai para 20% por tratamento após os 40”, diz.

Motta lembra que a opção pelo congelamento de óvulos tem sido cada vez mais comum. “Há dois anos a técnica ainda era cheia de problemas, hoje temos mais sucesso. Tenho atendido pelo menos um caso por mês. O problema é que quanto mais velha a mulher, pior fica a qualidade dos óvulos. Aos 40 anos, por exemplo, a biópsia vai acusar mais de 70% de embriões anormais.”

O médico garante que o envelhecimento das mamães é uma tendência. “A clínica é de 1995, época em que o público-alvo tinha entre 30 e 35 anos. Atualmente, 70% das pacientes têm mais de 35 anos e observo uma demanda crescente acima dos 40 anos. Nessa idade, contudo, a taxa de abortos dobra, o que também diminui a chance de sucesso.”

Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e do Setor de Infertilidade Conjugal do Hospital Pérola Byington, Artur Dzik diz que engravidar tardiamente pode trazer consequências negativas para a saúde da mãe e do bebê. “A prevenção do câncer de mama e de ovário associada à maternidade é mais frequente nas mães que têm entre 20 e 30 anos”, exemplifica. “Além disso, o risco de ter diabete, hipertensão e problemas placentários é um pouco maior na mulher que engravida tardiamente.”

A incidência de doenças graves no feto também aumenta conforme a idade da grávida avança. Se a chance de um bebê apresentar síndrome de Down é de um caso para mil nascimentos quando a mãe tem 30 anos, esse índice sobe para uma em cada 100 crianças entre as gestantes de 40 anos. “Ainda assim, esse risco é baixo. O principal problema é que muitas vezes não é mais possível engravidar. Ana Paula Padrão, por exemplo, tentou de tudo e não conseguiu. E Ivete Sangalo enfrentou dificuldades para realizar esse sonho”, lembra. A cantora baiana, de 37 anos, está grávida mas perdeu um bebê no ano passado. 

Na opinião de Dzik, as mulheres têm a falsa ilusão de que a medicina reprodutiva pode recuperar o tempo perdido. “A gente pode fazer muita coisa, mas o obstáculo maior ainda é a idade da mulher. Quem posterga a gravidez pode ter escolhido não ter filhos. A mulher que malha todos os dias, cuida da pele e parece mais jovem acha que pode tudo. É difícil para ela entender que a aparência jovial não se reflete na idade ovariana. Atrasar a maternidade é uma tônica da mulher moderna, mas a natureza é implacável.”

Para Dzik, as mulheres estão em desvantagem perante o sexo masculino no campo reprodutivo. “Elas já nascem com os óvulos que carregarão pela vida toda, eles passarão por tudo de bom e de ruim que elas enfrentarão na vida. Os homens, ao contrário, renovam o sêmen a cada três meses. Ou seja: para elas o tempo é mais significativo. E, mesmo assim, o bebê fica cada vez mais para depois”, explica. 

Maria Mariana

A escritora carioca que foi ícone da juventude nos anos 90 volta a polemizar com “Confissões de mãe”

Por Martha Mendonça

Aos 19 anos, a carioca Maria Mariana tornou-se um ícone da década de 90. Seu livro Confissões de adolescente, lançado em 1992, vendeu 200 mil cópias, virou peça de teatro e tornou-se um memorável seriado de televisão. Aos 36 anos, distante da fama e mãe de quatro filhos, a escritora, atriz e filha do cineasta Domingos de Oliveira lança Confissões de mãe (Editora Agir), um livro nada rebelde, recheado de ideias que vão irritar as feministas. Nesta entrevista, realizada em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, onde mora hoje, ela defende as mães que deixam de trabalhar para cuidar de seus filhos. “Amamento há nove anos seguidos”, afirma. Com a mesma expressão serena que as pessoas se acostumaram a ver na série de televisão, a escritora diz ser contra o aborto e afirma que as mulheres deprimidas depois do parto são as que passaram a gravidez comprando roupinhas para o bebê.

QUEM É 
Maria Mariana Plonczynski de Oliveira, 36 anos, escritora, autora, diretora e atriz. Filha do cineasta Domingos de Oliveira. Mãe de quatro filhos, casada, mora em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro 
O QUE FEZ
Ficou famosa ao escrever Confissões de adolescente, que virou peça de teatro e seriado da TV Cultura na década de 90
O QUE PUBLICOU
Confissões de adolescente (Ed. Relume Dumará), Confissões de mãe (Ed. Agir)

ÉPOCA – O que a adolescente dos anos 90 e a mãe de quatro filhos têm em comum? 
Maria Mariana – 
Mudei muito, mas algumas coisas ficaram. Acredito que uma delas seja a criatividade no dia a dia. Eu sei fazer de um limão uma limonada. Tenho sempre um coelho na cartola, um assunto engraçado numa hora chata, uma forma de tornar aconchegante um ambiente ou uma situação difícil. Isso vem também do fato de eu adorar ser mãe. Mas a maternidade está em baixa.

ÉPOCA – Por que você diz isso? 
Maria – 
O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. Sinto isso há quase dez anos, desde que eu decidi parar todas as minhas atividades para ter filhos e cuidar deles. A pressão foi inimaginável e veio de todos os lados. Da família, dos amigos, de quem mal me conhecia. Muita gente me perguntou se eu estava deprimida ou tinha síndrome de pânico. Meu pai também custou a entender. Eu era bem-sucedida, e largar a fama é um absurdo para as pessoas. Se alguém saiu da mídia por vontade própria, é porque tem algum problema grave. A verdade é que eu só descobri o que é trabalhar depois de ser mãe! Ser mãe é um trabalho social, o maior deles. É um esforço para garantir a criação de indivíduos de valor, mentalmente sadios, que contribuam para o bem geral. Pessoas equilibradas, educadas, que consigam se manter. Quando pequeno, o filho precisa de atenção especial e exclusiva. É nesse período que se formam a base do que ele será, o caráter, os valores. Depois, é difícil consertar.

ÉPOCA – Como foi sair de uma vida badalada no Rio para uma cidade pequena? 
Maria – 
Eu trabalhava como roteirista, sempre amparada pela sombra do sucesso de Confissões de adolescente, mas alguma coisa não estava fechando. Tive um primeiro casamento, dos 20 aos 23 anos, que não deu certo. Depois fui morar sozinha e tinha a impressão de que a vida se movia em círculos. Ao mesmo tempo, sempre tive a obsessão de ter filhos. Quando meus pais se separaram, eu estava com 7 anos e passei a viver com meu pai. Era filha única, muito madura, lia Dostoiévski e estava sempre cercada por amigos intelectuais dele. Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. Eu queria mudar de degrau, mudar de história. No meio disso tudo, conheci o André, meu marido. Um mês depois, estava grávida. Todos os meus filhos foram planejados. A primeira, Clara, foi de cesariana, o que foi uma decepção para mim. Os outros foram de parto normal.

ÉPOCA – No livro, você diz que mulheres que não conseguem o parto normal estão “envolvidas com pequenas questões de ego”. Explique. 
Maria – 
Respeito a história da maternidade de cada mulher. Mas, depois que tive o parto normal, vi que é uma vivência fundamental. Se a mulher parir naturalmente, será uma mãe melhor. Todos falam do nascimento do bebê, mas esquecem que a mãe também nasce naquela hora. A mulher também tem de estar focada na amamentação.

ÉPOCA – A maioria das mulheres não está preocupada em amamentar? 
Maria – 
Muitas não estão. Amamentar não é um detalhe, é para a mãe que merece. É importante e simplifica a vida. Vejo muitas mulheres com preocupações estéticas, se o peito vai cair, se vai ficar alguma cicatriz se o peito rachar. Aí o leite não vem. Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. Minha caçula, de 2 anos, ainda mama. Existe a realidade de cada um, mas é preciso elevar a consciência sobre o que fazemos. Há mulheres que passam nove meses no shopping, comprando roupinhas, aí depois marcam a cesárea e pronto. Acabou o processo. Aí sabe o que acontece? Elas têm depressão pós-parto.

ÉPOCA – Você não teme ser repreendida pelas feministas? 
Maria – 
Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme.

ÉPOCA – Mas você não valoriza a emancipação da mulher? 
Maria – 
Valorizo. Teve seu momento, foi fundamental para abrir espaços, possibilidades. Mas as necessidades hoje são outras. Precisamos unir a geração de nossas avós com a de nossas mães para chegar a um equilíbrio feminino. Eu não sou dona da verdade. Não à toa, fiz meu livro como um diálogo entre mim e minha filha. Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza – sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro.

ÉPOCA – O que pensa sobre o casamento? 
Maria – 
Casamento é um degrau que a pessoa tem para caminhar para a frente. Quem opta por ficar sozinho não desenvolve aprendizados que o casamento dá. Apanhar cueca suja que o marido deixa no chão é um aprendizado de paciência e dedicação. As pessoas pensam em união apenas como o espaço da alegria, do conforto. Casamento é embate, negociação e paciência. É preciso insistir e vencer. Saber que não se muda o outro. É preciso mudar a nós mesmos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tempo disponível: não tenho tempo

Meus posts aqui no blog estão bastante esporádicos ultimamente, a verdade é que eu estou sem tempo e sem cabeça para pensar em assuntos legais para colocar aqui. Conto porque, há duas semanas, usando o pretexto da crise o head-office da Indigo mandou a ordem para as lojas cortarem as horas. Meio do nada os horários viraram do avesso e a redução afetou muita gente, inclusive eu que tive que dar adeus ao meu adorado horário de domingo a quinta das 9h00 as 16h00 e correr atrás de outros turnos para compensar os que eu perdi. No fim consegui completar as minhas horas e nesse sentido não fui preudicada, mas comecei a trabalhar no departamento que eu mais detesto, no Mezzanino onde ficam as revistas. Eu que já estava totalmente confortável com o subsolo comecei de novo por um treinamento e agora tenho que aprender como as coisas funcionam por lá. Com a novo horário veio também a bagunça com os meus dias de folga, outra coisa que demora para ajustar e as vezes as semanas ficam bizarras, como por exemplo essa semana, que para mim será de 8 dias até a minha próxima folga(comecei segunda e vou até terça sem parar). Quando a minha cabeça está assim meio turbulenta fico sem idéias de post para o blog, antes eu carregava um caderninho e toda vez que pensava em alguma coisa interessante escrevia um tópico, cheguei até a escrever posts inteiros nos lugares mais inusitados, mas para isso preciso estar com a cabeça tranquila e no momento estou tentando incorporar a nova rotina. Petit à petit a gente chega lá.

Mudando de assunto, a mais de uma semana que o site bacaninha, mão na roda para colocar música no blog estava fora do ar para fazer upload e eu querendo subir músicas para colocar aqui, já tinha desistido quando hoje passei por lá, just in case e o upload estava funcionando novamente. Para comemorar aqui vai uma música da Nina Simone que tenho escutado bastante depois que desenterrei do limbo que está a minha pasta de músicas. A "Esse seu olhar" é para fechar o post sobre a Diana Krall cantando em português, essa é a versão original cantanda pela Nara. A "Paula e Bebeto" voltou a tocar no meu iTunes depois que a coloquei no playlist do último jantar aqui em casa.



sábado, 2 de maio de 2009

Souper


Hoje tem jantar aqui em casa. Na verdade marcamos o jantar como pretexto para fazer novamente o "Frango Assado com Couscous", receita do Panelinha, que eu fiz no jantar de despedida da Renata. Dessa vez decidimos fazer dois frangos para ter quentinha para o almoço do dia seguinte. Segunda-feira saí do trabalho as 14h00(tenho que confessar que estou ficando mal acostumada, quando saio as duas ainda tenho a tarde inteira pela frente mesmo já tendo trabalhado 5 horas) e fui até o Jean-Talon comprar os frangos, até agora o açougue do Jean-Talon é o que tem o melhor preço de frango orgânico, $11.00/kg do frango inteiro.

A receita do Frango Assado com Couscous está aqui, dessa vez segui a receita da marinada mas adicionei uma cebola cortada em rodelas e um pouco de gengibre em pó.

Para a sobremesa fiz uma Tarte Tatin, já que não tinha ficado lá muito satisfeita com e resultado da que eu fiz para o jantar de St-Valentin, dessa vez ela ficou no ponto, acertei o ponto da massa e o ponto de cozimento das maçãs.

Para salada fiz uma mistura de folhas verdes com manga e um vinagrete de enchalotas, mel, limão, azeite, sal e pimenta que copiei do livro "New Flavors for Salads", básica mas com o frescor do verão.


The Perfect Tarte Tatin*

First make the pastry: sift together 215g(1 3/4 cup) plain all-purpose flour and a pinch of salt into a large bowl, then rub 160g chilled, chopped unsalted butter in until the mixture resembles breadcrumbs.

Add 1 egg yolk and 2-3 tsp of ice-cold water and, using a flat-bladed knife, mix until dough just starts to come together. Work the dough until it became a ball, wrap in plastic wrap and refrigerate for 30 minutes.

Peel, core and quarter 1.3kg of eating apples. Combine 60g unsalted butter and 170g(3/4 cup) superfine sugar in a deep oven-proof frying pan.

Heat until the butter is melted and sugar has dissolved. Arrange the apples over the base of the pan, placing then in rings and making sure there are no gaps. Cook over low heat for 35-40 minutes, basting often with pan juices or until apples are soft and pan juices are very reduced and are light caramel. Remove from heat. Preheat the oven to 190ºC.

Roll put the pastry on a lightly floured board to form a 3 mm thick circle larger than the frying pan. Lay the pastry over the apples, pressing gently around the edge of the pan to enclose the apples. Bake for 25-30 minutes or until the pastry is golden and cooked through. Remove from the oven then stand for 5 minutes before inverting the tart onto a plate. Serve it warm or at room temperature with whipped cream.

*Do livro "Cooking French"