quinta-feira, 30 de abril de 2009

Os Homens são mais emotivos

Por Felipe Machado do Palavra de Homem

Depois de (tentar) acabar com o ditado 'a primeira impressão é a que fica', chegou a hora de detonar outro mito: o que diz que as mulheres são mais emotivas do que os homens.

Talvez essa ideia tenha surgido a partir daquele pensamento retrógrado que classificava a mulher como 'o sexo frágil', o que, cá entre nós, é uma bela besteira. A mulher é mais frágil se levarmos em conta apenas o ponto de vista muscular. Mas sua força não tem comparação se levarmos em conta qualquer outro aspecto da questão, do lado psicológico à capacidade de resistir à dor. Antes de espalhar essas besteiras por aí, marmanjos que não suportam tomar injeção deveriam experimentar dar à luz uma criança. Tenho a leve impressão de que é bem pior.

Acho que somos mais emotivos do que as mulheres por várias razões, mas essencialmente porque somos mais primitivos. Ao contrário do que pregam os machistas, mulheres são seres bem mais evoluídos e racionais do que nós, homens. Não sei como tem gente que discorda.

Quer um exemplo? Preste atenção ao mais popular coletivo de homens reunidos para um determinado objetivo: sim, estou falando de uma partida de futebol. Os homens se abraçam, gritam, choram, agitam bandeiras, beijam camisas, dão a vida por símbolos completamente abstratos. Olho para isso e vejo apenas grandes primatas lutando pela hegemonia de sua tribo a plenos pulmões. E quando saem do estádio, os homens fazem o quê? Saem para beber e se encontrar com outros de sua espécie. Depois de algumas cervejas, não se espante ao ver dois homens de Neanderthal se abraçando e trocando elogios: 'caaara, você é meu melhooor amiiiiiiigo'.

Enquanto isso, as sofisticadas fêmeas preferem se reunir para fazer coisas bem mais civilizadas. Fazer compras. Jantar com as amigas. Ir ao cabeleireiro. Percebeu? São atividades extremamente racionais (apesar de algumas malucas gastarem o cartão de crédito como se não houvesse amanhã). A mulher gosta de conversar, racionalizar, transformar suas emoções e pensamentos em palavras. Deve ser por isso que elas gostam tanto de discutir o relacionamento.

Você pode achar minha opinião radical; sei que é errado generalizar. Existem caras que choram até em comercial de TV (eu) e mulheres que não estão nem aí para a própria família. Mas como diz a canção A Man and a Woman, do U2, o importante é viver com emoção:

"O amor não deveria deixar você entorpecido; a maior dor é não sentir absolutamente nada".

Genial.

Desculpe, mas acho que vou ficando por aqui. Escrever este tipo de texto me deixa muito emocionado.

domingo, 26 de abril de 2009

BBQ

Esse semana uma onda de calor chegou em Montréal, as temperaturas chegaram aos 27ºC e com o calor veio também a mudança no guarda-roupa, sábado no trabalho tive a sensação de estar na Flórida, chinelos, bermudas, regatas e vestidos tomaram o lugar dos casacos, botas e cachecóis. Os cafés e chocolates quentes deram lugar aos frappuccinos e sorvetes. Eu e a vizinha fomos aproveitar o dia de sol e calor no Jean-Talon, na primavera o mercado é montado também do lado de fora. O sol, as frutas e os produtores sempre simpáticos me fizeram lembrar da feira que acontece todas as quartas-feiras na rua lá de casa em São Paulo. Nós aproveitamos para comprar os ingredientes para o primeiro churrasco da temporada no Plateau, a Mari teve que segurar os meus impulsos gastronômicos de querer fazer todas as receitas que eu sei e de testar as que ainda estão na fila de espera, no fim decidimos fazer a "Salada Italiana de Pão" do Panelinha, que é deliciosa e super saudável e o "Michui de Frango", receita do Arábia que estava querendo fazer desde que comprei o xarope de romã há alguns meses, achei a oportunidade ótima para testar a receita na grelha.

- Michui de Frango


1 kg de peito de frango
2 cebolas médias
3 tomates
2 dentes de alho
2 colheres (sopa) de óleo
1 colher (sopa) de xarope de romã
1 colher (chá) de sal
4 espetos de bambu

1. Coloque os espetos de bambu numa tigela com água para hidratar. Este processo é necessário para que não esturriquem durante o cozimento.
2. Numa tábua, corte o frango em cubos de 4 cm. Corte a cebola e os tomates em 4 pedaços. Reserve.
3. Numa pilão, amasse o alho com o sal. Reserve.
4. Numa tigela, junte o alho amassado, o óleo, o cominho e o xarope de romã e bata ligeiramente com um garfinho. Acrescente o frango e misture bem. Tampe a tigela ou transfira o conteúdo para um saco plástico. Leve à geladeira e deixe marinar por 3 horas.
5. Em 1 espeto, coloque um pedaço de frango, um de tomate, outro de frango e um de cebola. Repita a operação com os outros 3 espetos.
6. Numa grelha ou numa frigideira preaquecida, grelhe os espetos até que todos os lados estejam completamente dourados. Se você for grelhar numa churrasqueira, coloque os espetos a 10 cm da brasa de carvão e vire a cada 5 minutos, até dourar.

- Salada Italiana de Pão

4 fatias de pão integral
1/2 bulbo de erva-doce
1/2 cebola roxa
1 maço de rúcula
1 xícara (chá) de tomate-cereja
1/3 xícara (chá) de sementes de girassol
1/2 colher (sopa) de azeite de oliva
1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).
2. Numa tábua, corte o pão em cubos de 2 cm. Corte os tomates e a cebola ao meio. Fatie a cebola em rodelas. Pique a erva-doce e rasgue as folhas de rúcula com as mãos.
3. Numa assadeira, coloque as fatias de pão e as sementes de girassol. Regue com o azeite. Leve ao forno por 15 minutos até dourar, mexendo a cada 3 minutos. Reserve.
4. Espete o pimentão num garfo. Sobre a chama alta do fogão, coloque o pimentão. Deixe queimar até ficar preto. Transfira para uma tigela, cubra com um prato e deixe abafar por 15 minutos. Retire a pele queimada com o auxílio de uma colher. Repita o procedimento com o outro pimentão.
5. Numa tábua, corte os pimentões pela metade, retire as sementes e a pele branca. Corte-os em tiras finas. Reserve.

Para o molho

2 dentes de alho
1 colher (sopa) de alcaparras
5 colheres (sopa) de azeite de oliva
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto
1 colher (chá) de água
1/2 colher (chá) de orégano
1 pitada de pimenta-do-reino moída na hora

1. Espete os dentes de alho com a casca num garfo. Queime-os na chama do fogão por 4 minutos. Deixe esfriar e descasque-os.
2. Numa tábua, pique bem os dentes de alho. Pique as alcaparras até formar uma pasta.
3. Numa tigela, misture todos os ingredientes com batedor de arame ou um garfinho até obter um molho homogêneo. Reserve.

Montagem
Numa tigela grande, misture todos os ingredientes delicadamente e regue com o molho. Sirva a seguir.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cooking Class

Semana passada a Elaine me pediu uma aula de culinária e claro que ela não queria aprender pouco: cheesecake, torta de limão e lombo com mostarda e mel e o jantar era para 8 pessoas. Ambicioso o projeto. Feitas as compras, fomos as duas para a cozinha. A primeira providência foi colocar o lombo na marinada, uma garrafa de vinho branco, cebolas cortadas em rodelas, alho, sal e pimenta do reino. Deixamos descansando.

Batatas descascadas e cortadas em fatias finas foram direto para a panela para cozinhar na mistura de leite e creme de leite e uma pitada de noz moscada até ficarem macias e irem para o refratário e depois para o forno gratinar.

Misturamos a mostarda com o mel e colocamos sobre o lombo e depois da ida rapidinha do Chris ao mercado para resolver o sumiço do papel aluminío, colocamos o lombo para assar. A panela de arroz se encarregou de cozinhar o arroz e mantê-lo quente até a hora de servir.

Começamos a fazer as massas das sobremesas, primeiro a massa da torta de limão que tem que ficar na geladeira por 30 minutos, enquanto esperavámos o recheio foi feito e depois de achar um espacinho no disputado forno, a torta foi assar por 40 minutos, depois foi a vez da massa e do recheio do cheesecake, que uma vez no forno quase colocou a casa em chamas, mas acidente de percuso resolvido, todas as partes do jantar prontas e devidamente assadas(com a ajuda do Chris para acertar o ponto do lombo), mesa posta, convidados famintos...e voilà, o jantar foi colocado a prova e foi um sucesso. Mission accomplished com convidados satisteifos sem termos que recorrer as pizzas no congelador.






CHOCOLATE CHEESECAKE

CRUST
2 Cups of Oreo Cookie Crumbs
¾ Cup of Margarine
2 tablespoon of sugar

Mix everything together and press into a 9 ½ inches round springform and bake 325ºF for 10 min. Remove from oven and cool.

FILLING:
4 Pacakges of 250g of cream cheese at room temp
1 cup of sugar
4eggs
2 tablespoon of vanilla extract

Mix cream cheese with eggs and sugar and vanilla. Add food coloring and slowly put over the crust. Bake at 325ºF for 1hour and 15 min.

TOP
6 (1 ounce) squares bittersweet chocolate
¼ Cup of cream 35% or 3% milk

In a bowl put chocolate + cream. Bring it to a microwave until melted. Put it over the cake

Releituras

Hoje dei um pulinho na Indigo para comprar um livro que acabou de ser lançado mais que a Chapters ainda não recebeu, quando estava saindo, vi no display dos discos o novo CD da Diana Krall, li um artigo na La Presse sobre o novo trabalho dela e fiquei curiosa já que ela canta uma música em português(Esse seu olhar), fui escutar........e ai.....sofrível o português e a música com uns arranjos chatos, cheguei em casa e baixei logo a versão brazuca e original com a Nara Leão para reestabelecer o padrão de qualidade. No mesmo display estava o CD do Rufus Wainwright e nele a regravação, que está à altura da original, da música "Across the universe" dos Beatles. Uma surpresa boa de gringos cantando músicas brasileiras foi uma das músicas do CD Haven't we met? da Emilie-Claire Barlow, ela gravou a música "Lá vem a baiana" do Dorival Caymmi, cantou direitinho a menina, Diana deveria aprender com ela.



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cupcakes

Há um tempo namoro os livros com receitas de cupcakes na livraria, as fotos são sempre tão gracinhas e os cupcakes lindinhos, decorados, coloridinhos, fofinhos. Há algumas semanas recebemos um livro novo da série Williams-Sonoma, Family Meals, dando uma folheada achei uma receita que me agradou bastante de Birthday Cupcakes. Ontem foi aniversário da Carol e eu aproveitei a oportunidade para testar a receita. Eles ficaram lindos, coloquei até uma velinha em cada um, mas a verdade é que não fiquei fã. O que deixa os cupcakes bonitos é a cobertura(frosting) e aí que está o problema para mim, para fazer a cobertura é preciso usar uma quantidade enorme de açúcar de confeiteiro, e ela é muito, mas muito doce e eu acho desnecessário comer essa quantidade enorme de açúcar só para o comer um bolinho gracinha. Mas valeu para experimentar, prefiro ficar com a receita base de Muffins, que é quase como um cupcake só não tem a cobertura.

CHOCOLATE BIRTHDAY CUPCAKES

1 1/2 cups all purpose flour
1/4 cup unsweetened cocoa power sifted
1 tsp baking powder
1/2 tsp kosher salt
1/4 tsp baking soda
1/2 cup whole milk
1/2 cup sour cream
1/2 cup unsalted butter room temperature
1 1/4 cup sugar
2 eggs, plus 1 egg yolk
4 oz bittersweet chocolate melted
1 tsp pure vanilla extract

Preheat the oven to 350ºF. In a bowl stir together the flour, cocoa, baking powder, salt and baking soda. On another bowl whisk together the milk and sour cream. Beat together the butter and sugar on high speed until light and fluffy. Add one egg at a time and the egg yolk, beat well. Add the melt chocolate and the vanilla. With a spatula mix in the flour. Put in on a muffin tray an bake for 30-40 minutes.

- VANILLA BUTTERCREAM

250g unsalted butter room temperature
4 cups confectioner's sugar sifted
1 tsp salt
1/4 cup whole milk
2 tsp vanilla extract

Beat together the butter, confectioners' sugar and salt on medium speed until combined. Increase the speed to high and beat until fluffy. Add the milk and vanilla and mix until fluffy.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tá na Mesa

Cardápio do brasileiro tem muito agrotóxico

Estudo da Anvisa mostra que 17 frutas, legumes e verduras têm níveis inadequados do produto

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reprovou ontem a qualidade das frutas, legumes e verduras que compõem o cardápio do brasileiro. A análise de 1.773 amostras colhidas em supermercados do País mostrou que boa parte chega à mesa da população com índices inadequados de agrotóxicos. Os alimentos que apresentaram mais irregularidades foram o pimentão (64% das amostras com alguma irregularidade) e o morango (36%).

Ao todo, foram 17 tipos de hortifrútis monitorados, selecionados por serem recorrentes na dieta da população. Em nove, foi encontrado excesso de agrotóxicos (batata, feijão, laranja, maçã, morango, pimentão, tomate e uva). Nos outros oito (cenoura, cebola, alface, abacaxi, repolho, arroz, banana e manga) o problema foi o uso de veneno não autorizado para aquele tipo de cultura, o que também coloca em risco o alimento.

Do total, 11 produtos tiveram mais do que 4% das amostras reprovadas, o que supera o padrão seguro estipulado pela indústria internacional. Em alguns casos, como no abacaxi, até pesticidas proibidos no Brasil foram encontrados, o que indica que não há segurança dos seus efeitos tanto para o agricultor quanto para o consumidor. Além de agroquímicos banidos em território nacional, a Anvisa informou que foram encontrados altos índices de agrotóxicos extremamente nocivos que têm uso proibido em vários países e passam por processo de análise no Brasil para determinar se a comercialização deles continua ou não permitida.

Segundo os especialistas, os agrotóxicos em excesso são prejudiciais, especialmente para os trabalhadores do campo. A superexposição a que estão sujeitos pode ter efeito cancerígeno e provocar sequelas graves como má formação fetal, problemas de pele e danos ao pulmão.

Nos consumidores, as consequências são menores. Sérgio Graff, médico toxicologista da Unifesp, diz que os efeitos tóxicos seriam provocados após longo tempo de consumo de alimentos contaminados.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) ressalta que o excesso de pesticida provoca, além de problemas de saúde, impactos ambientais como desmatamentos, perda da biodiversidade e contaminação atmosférica.

‘Mais formação’

A Anvisa realiza as análises de resíduos de agrotóxicos desde 2002, por meio do Programa de Análise de Resíduos Agrícolas (PARA). Em todas, o maior problema diagnosticado é a presença do agrotóxico que não foi aprovado para aquele tipo de cultura. “Os resultados sinalizam que é preciso investir mais na educação e informação dos agricultores que ainda cometem erros no plantio, que prejudicam sua saúde e os problemas chegam a mesa do consumidor”, avalia José Otávio Menten, diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

No ano passado, a Andef treinou 860 mil trabalhadores rurais sobre agroquímicos. Menten diz que é preciso aumentar a fiscalização, já que os resultados indicam que os agrotóxicos são adquiridos sem receita agrônoma (assim como os medicamentos, os pesticidas necessitam de receituário).

DICAS

Para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada. Essa identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos

É importante que a população escolha alimentos da época ou produzidos por métodos de produção integrada (que, a princípio, recebem carga menor de agrotóxicos). Alimentos orgânicos são uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos, apesar de serem muito mais caros

A lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes nas superfícies dos alimentos. Mas não garante a total eliminação.

Por Fernanda Aranda - fernanda.aranda@grupoestado.com.br

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Branquinho Básico

Esse post é para o Bruno, amigo queridíssimo que me fez cair na gargalhada no dia que eu descobri o seu método para fazer arroz que é assim um tanto peculiar. Fazer arroz é tão simples, mas ele criou tantas etapas para cozinhar o dele, que envolvem mexer o arroz constante até ele ficar cozindo, escorrer a água e depois temperar com uma cebola refogadinha que ele faz em uma panela separada(!).
Hoje, o Bruno me mandou um e-mail, falando que tem acompanhado as minhas experiências culinárias por aqui e pedindo a minha melhor receita de arroz, eu tentei explicar para ele uma vez que é só refogar uma cebola picadinha com um pouco de óleo, depois refogar o arroz lavado e escorrido, colocar o dobro da quantidade de arroz de água e sal e cozinhar em fogo médio para baixo até a água secar.
Mas Bruno o método Carmelo de fazer arroz funciona também viu, fica gostoso e garante boas risadas antes do jantar.

ARROZ - do Panelinha

2 xícaras (chá) de arroz branco
4 xícaras (chá) de água
2 colheres (sopa) de óleo de canola
1/2 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 folha de louro
sal a gosto

1. Num escorredor ou numa peneira, coloque o arroz e lave sob água corrente até parar de escorrer a água branca. Reserve.
2. Numa chaleira, coloque a água e leve ao fogo para ferver.
3. Numa panela, acrescente o óleo e leve ao fogo médio. Quando esquentar, adicione a cebola e o alho e refogue até dourar. Coloque o arroz e mexa bem. Antes de começar a grudar no fundo da panela, despeje a água quente e misture bem. Adicione a folha de louro e tempere com sal. Abaixe o fogo e deixe cozinhar.
4. Para verificar se ainda há água no fundo da panela, fure o arroz com um garfo. Quando a água começar a secar, prove o arroz para ver se já está cozido. Caso contrário, acrescente um pouco mais de água quente e deixe secar totalmente.

Les Voisins

Hoje saindo do trabalho fiquei pensando no que fazer para o jantar, fiquei com uma vontade de fazer sopa de cebola, fui fazendo a listinha na minha cabeça, tenho as cebolas, o alho, o vinho branco, o queijo e o pão, fica faltando só o caldo de legumes que tem no mercadinho perto de casa...mas quando cheguei em casa me deu um desânimo de cozinhar só para mim, minha roommate foi viajar essa semana, então estou sozinha no apartamento e para ser sincera pensei que fosse adorar, achar o máximo, mas eu adoro a minha roommate e num dia como hoje ela seria minha companhia para jantar, sem precisar fazer muitos planos. Na hora que o desâmino estava se instalando, toca o meu telefone, minha vizinha, a conversa não durou 5 minutos:

- O que você vai fazer hoje a noite?
- Nada porque?
- Quer jantar comigo, quero fazer sopa de cebola e não quero comer sozinha?
- Fechou

Simples assim. Foi a primeira vez que fiz essa receita, o título diz que a sopa é perfeita e eu não posso dizer o contrário.

THE PERFECT FRENCH ONION SOUP

Melt 50g of butter in a large, heavy-bottomed saucepan, then add 750g finely sliced onions. Cook the onions over low heat for 25 minutes, stirring occasionaly, or until the onions are golden and beginning to caramelise. Add 2 finelly chopped garlic cloves and 45g plain all-purpose flour and stir continuously for 2 minutes. Stirring, gradually add 2 litres beef or chicken stock and 250 ml white wine, then bring to boil. Reduce the heat, add 1 bay leaf and 2 thyme springs, then cover and simmer over medium-low heat for 25 minutes. Remove the herbs and season to taste. Preheat the grill. Toast 8 slices of day-old baguette, divide among four warmed soup bowls then ladle over the soup. Sprinkle with 100g grated gruyère cheese, then place bowls under the grill until the cheese melts and turns golden. Serves 4.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Achados e Perdidos

Essa semana fazendo uma playlist nova para um jantar do Clube das Luluzinhas que rolou aqui em casa, reencontrei as músicas da Joss Stone, logo coloquei o CD "The Soul Sessions" no iTunes e tenho escutado bastante esses dias. Reencontrei também as músicas da Paula Lima, que também voltaram rapidinho para o iPod, "Meu Guarda Chuva" continua sendo a preferida entre elas.

A receita de Camembert foi o ponto alto do jantar, nunca tinha feito e foi uma surpresa. O camembert derrete por dentro
e fica com a casquinha por fora. Receita simples, rápida, prática, elegante e deliciosa.

Camembert Grelhado
- Oliver Anquier

- 1 queijo Camembert médio
- Azeite e pimenta do reino a gosto

Em um prato que possa ir ao forno, coloque o queijo para assar; Quando ele estufar e estiver dourado, retire do forno; Coloque um fio de azeite e pimenta do reino a gosto e sirva.




Jade Barbosa

Uma das principais promessas da ginástica artística brasileira, Jade Barbosa, está com uma lesão grave no punho direito e não tem dinheiro para pagar o tratamento médico. Sem apoio do seu clube, o Flamengo, nem da Confederação Brasileira de Ginástica, a atleta olímpica resolveu fazer uma promoção das camisetas de sua marca, em seu site, pra levantar fundos que custeiem o seu tratamento médico. Com a ajuda dos fãs, ela pretende pagar as despesas dos medicamentos. A camiseta promocional, modelo Pequim 2008, custa R$ 25. O site anuncia: "Compre uma camiseta e ajude na recuperação da lesão de Jade Barbosa".


Por Isabella Infantine - [Blog da Redação], Revista Tpm

Tendance, la cuisine maison

Les Canadiens renouent avec leurs casseroles, si l’on en croit les chiffres compilés dans le rapport 2008 Eating Patterns in Canada. Ce sondage annuel, réalisé par la société d’études marketing NPD Group, indique que 88 % des Canadiens ont l’intention de moins fréquenter les restaurants cette année et de plutôt cuisiner à la maison.

Ce n’est pas tout. Des repas préparés à la maison, la proportion de ceux nécessitant moins de 15 minutes de préparation a chuté de 3% depuis 2004. Au cours de la même période, la proportion des repas requérant de 16 à 30 minutes de préparation est passée de 3 à 36%.

L’émergence des «gastrosexuels»

Plus qu’une simple conséquence de la crise économique qui force les consommateurs à repenser leurs dépenses, Jordan LeBel, professeur en marketing à l’Université Concordia, voit dans cette tendance un écho de la popularité que connaissent les émissions culinaires.

«On a aussi vu émerger, ces dernières années, les “gastrosexuels” : ces hommes qui ne voient plus la cuisine comme une corvée, mais comme un plaisir et un moyen de séduire la gent féminine», affirme M. LeBel, qui est aussi spécialiste de l’alimentation.

En outre, l’industrie de l’alimentation a mieux réussi à s’adapter au rythme de vie contemporain, croit Diane Chagnon, nutritionniste à l’Université de Sherbrooke : «Les livres de cuisine mettent l’accent sur la simplicité, beaucoup moins sur les repas élaborés pour épater les amis.»

La populaire mijoteuse

Le succès de la mijoteuse est aussi à signaler. Les épiceries comptent maintenant une section d’aliments surgelés qu’il suffit de placer dans son appareil à la maison avant de partir au travail. Plus de 1,5 million de Canadiens mangeraient un repas préparé à la mijoteuse chaque semaine, selon l’étude de NPD Group.

Selon Mme Cha­gnon, la tendance à la cuisine maison est des plus encourageantes. Les plats cuisinés chez soi sont en général plus sains et plus variés que ceux qu’on achète sur le pouce. Ils sont aussi propices à une meilleure cohésion familiale. «Tous les efforts faits pour éviter que chacun réchauffe son plat surgelé au four micro-ondes et le mange devant la télé constituent un pas dans la bonne direction.»


Métro, Mardi 7 avril 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mousse au Chocolat

Há mais ou menos dois meses atrás escrevi aqui sobre um Mousse de Chocolate que fiz de sobremesa para um jantar aqui em casa. Esse receita é ótima e normalmente agrada...não dessa vez, aparentemente ele é muito pesado e pouco aerado. Passei então a procurar uma nova receita de Mousse au Chocolat. Achei uma que parecia boa, fui lá eu testar, era para ser a sobremesa para levar num churrasco...e não é que ela desandou(!), ficou empelotado, tive que jogar fora. Fiquei com a confiança nos meus dotes culinários abaladíssima, como assim eu não consigo acertar o ponto de um mousse de chocolate?! Mas não desisti, semana passada comprei um livro de culinária francesa e ela estava ela, uma receita nova de mousse para ser testada. Amanhã vou fazer um jantar aqui em casa, pronto achei a ocasião perfeita. No livro que ternimei de ler ontem estava escrito quase no finalzinho que cozinhar bem é 80% de confiança. Então fui lá eu reafirmar a minha confiança no meu talento culinário, lembrei de todos os elogios que recebi, de todos os jantares que eu já fiz, todas as receitas que deram certo, peguei os ingredientes, li a receita de trás para frente e de frente para trás, fui fazendo devagarinho para não esquecer de nada...et voilà, meu mousse ficou pronto e ficou igualzinho ao da foto do livro(!). Confiança reconquistada e uma parte de jantar de amanhã já garantido.

CHOCOLATE MOUSSE

300g good quality dark chocolate chopped
30g unsalted butter
2 eggs lightly beaten
3 tbsp Cognac
4 eggs whites
100g superfine sugar
500 ml whipping cream

Melt the chocolate in bain-marie until smooth, add the butter and stir until melted. Remove the bowl from the bain-marie and let it cool for a few minutes. Beat the eggs whites until soft peaks form, adding gradually the sugar. Whisk 1/3 of the egg whites into the chocolate mixture to loosen and then gently add the remaining egg whites. Whip the cream until firm peaks form, gently fold into the mousse. Pour into glasses, then cover and refrigerate for at least 4 hours.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Reforma

Hoje lendo o blog do Antonio Prata, morri de dar risada com esse texto sobre reforma. Lembrei de quando nós mudamos de apartamento em 2006, o prédio era novo então era reforma para todo lado, a hora que acabava uma pipocava outra, e eu que tenho horror a reforma, rezando para que os apartamentos ficassem logo do agrado de seus proprietários para poder curtir o apê novo e claro o silêncio e a tranquilidade de viver sem ter uma reforma de vizinha. Para lembrar como é bom viver longe dos sons das marretas.

Marretadas

Por Antonio Prata

Então Deus, cansado dos meus pecados, resolveu punir-me: enviou uma obra ao apartamento de cima. Faz alguns dias que salto da cama, apavorado, sob a orquestra de marretadas, crente que é a célula paulistana da Al Qaeda que acaba de entrar em atividade. Deus, ao que parece, mandou trocarem o piso. Inteirinho.

Os marreteiros do Senhor não brincam em serviço, foram treinados nos porões (ou sótãos) da ditadura - de todas as ditaduras. Derrubaram paredes em Sodoma e Gomorra, prestaram serviços a Torquemada, foram agentes duplos da CIA e da KGB. São hábeis em fazer a quebradeira da pior maneira possível: sem ritmo. Tum, tum, tum...., eles batem, você espera que a próxima nota seja tum, mas vem então uma pausa e... Tuntum. Tum-Tum, Tum-Tum – você vai se acostumando e... Tum-tá-tum!

O ser humano é capaz de suportar qualquer coisa, desde que faça sentido, e não há sentido mais antigo, impresso nas primeiras folhas do livro de nossa memória, do que o ritmo. Ritmo do coração de nossas mães, quando ainda boiávamos em líquido amniótico; ritmo que reaparece nas músicas de ninar, logo depois, insinuando que nem tudo está perdido, ritmo que buscamos nas rimas e na métrica da poesia, ritmo que adicionamos à mesma granola, toda manhã, ritmo que ouvimos por trás do boa noite do William Bonner, ritmo que nos alegra só por aparecer sete vezes no mesmo parágrafo, pois se tudo se repete, por que a vida também não?

Onde há sentido, há salvação. Mas com os marreteiros de Javé não há salvação. Não há padrão. É o código Morse do Demônio, o caos, e se o ritmo nos assegura o sentido da vida e a repetição funciona como uma metonímia da ressurreição, a falta de ritmo semeia o desespero, a loucura, a morte.

Eu trabalho madrugada adentro, justamente por causa do silêncio. Às três da manhã, a Tim não me liga para oferecer planos, a Mastercard não me avisa que minha conta está “há 26 dias em aberto, senhor”, as pamonhas de Piracicaba dormem tranqüilas em alguma garagem da cidade e eu posso pegar as palavras pelas mãos ou pelos cabelos, conforme a necessidade, e agrupá-las em diferentes caixinhas, sobre a minha mesa. Isso tudo, até a semana passada, pois agora as marretas ressoam dentro e fora da minha cabeça, eu sou um zumbi e as palavras estão todas espalhadas pelo mundo.

É um mundo injusto. É proibido ouvir a Cavalgada das Valquírias ou Sheena is a punk rocker depois das dez da noite, mas nada impede que o vizinho de cima destrua seu apartamento a marretadas a partir das nove da manhã. Não há o que fazer. Só me resta sofrer nesse brejo da cruz, enquanto o coaxar dos martelos-sapo me castiga pelos 31 anos que vivi em pecado. Perdão, Senhor!

domingo, 5 de abril de 2009

Risotto

Hoje travei uma luta feroz contra a preguiça e o cansaço para ter garantida a quentinha de amanhã. Depois que sai da livraria hoje, dei uma passadinha rápida no supermecado para comprar banana para fazer smoothies durante a semana, fiquei pensando no que poderia preparar para levar na quentinha do dia seguinte que não fosse fazer nem muita sujeira nem me tomar muito tempo, pensei logo no pacote de arroz arbório que comprei há uns meses atrás e que deixei parado na despensa, peguei uns champignons, caldo de legumes, pensei tenho queijo parmesão em casa, cebola, manteiga, pronto meu risotto está feito. Mas aí em cheguei em casa, jantei, li meus e-mails e a preguiça foi chegando de fininho, eu olhava para os ingredientes em cima do balcão, eles olhavam para mim, eu pensava "ai que vontade de me jogar no sofá e terminar meu livro para começar os outros que estão na fila de espera...", cheguei até a guardar tudo na geladeira sem dor na consciência. Mas aí pensei que teria que comer um wrap que eu já estou meio enjoada de comer, que não sai por menos de 8 dólares e não é lá tão saudável, com muito esforço coloquei a preguiça de lado piquei uma cebola e os champignons, ralei o queijo parmesão, refoguei tudo, mexi sem parar até o arroz ficar cozido e assim sem eu nem perceber o risotto ficou pronto, almoço livre de wraps garantido para os próximos dias. Agora posso me jogar no sofá e ler meu livro sem culpa.

Eu segui a receita básica de risotto e no final do cozimento do arroz coloquei os champignons. Se você quiser idéias para fazer o seu clique aqui(dessa lista eu já fiz o de tomate seco, mussarela de búfala e manjericão, ficou tão bom que não sobrou nem para contar história e muito menos para fazer quentinha).

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Mallu Magalhães

Madeleine Peiroux




Homem que é Homem

Por Felipe Machado do Palavra de Homem

"Tentei ser equilibrado e coerente durante os dois anos que este blog existe – isso não quer dizer, claro, que eu tenha conseguido. Mas hoje, não me perguntem por que, decidi fazer um desabafo. Pelo menos uma vez, vou falar tudo que passa pela minha cabeça e que o bom senso me impedia de dizer em voz alta.

Você, macho como eu, sabe como anda difícil ser homem hoje em dia. As mulheres querem que a gente seja sensível, moderno e aceite a igualdade profissional entre os sexos, mas na hora H continuamos a pagar a conta do restaurante. Eu achava que igualdade significava 'completa semelhança', mas acho que isso só vale para algumas coisas. Elas exigem o controle remoto, mas não querem ajudar na hora de comprar a TV.

Eu também me preocupo com a manutenção dos direitos masculinos. Homem que é homem, por exemplo, deveria considerar sagrado o direito de sair uma vez por semana com os amigos para tomar uma cervejinha e conversar sobre futebol. Sim, porque enquanto as mulheres fofocam, nós discutimos temas supercomplexos, como a influência da metafísica na escalação do Corinthians ou se a lei da gravidade é constitucional quando aplicada ao corpo da última capa da Playboy.

O homem e a mulher do século 21 ainda estão nascendo, mas algumas coisas estão indo em uma direção que não concordo. Respeito as conquistas femininas, mas conheço mulheres que acabaram deixando a família um pouco de lado para se dedicar à carreira. Na minha humilde opinião, esse comportamento é equivocado e cobra um preço alto demais. Talvez elas compreendam isso mais tarde. Ou tarde demais.

Por mais que a sociedade aceite a igualdade entre nós – e deve aceitar mesmo –, temos sorte porque pelo menos alguns conceitos ainda estão do nosso lado. Temos o privilégio de poder cultivar uma barriguinha (pequena, por favor). Segundo as próprias mulheres, os homens ficam charmosos com a idade. Agora saia por aí perguntando para alguma garota o que ela acha das mulheres mais velhas. O sexo feminino é tão implacável com ele mesmo que eu nem preciso ser.

Em relação a modernidades, homem que é homem não odeia metrossexual, ao contrário do que imaginam algumas mulheres. Em primeiro lugar, porque nem sabe o que é. Em segundo, porque esses carinhas delicadinhos que ficam passando creminho no corpo têm outro nome lá na nossa terra. Homem que é homem não passa creme no rosto, muito menos no corpo. Homem que é homem não tem rugas. Homem que é homem tem história."

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pout-Pourri de Assuntos (3 em 1)

Hoje acordei cantarolando Summertime, ontem indo para o trabalho vi na previsão do tempo do metro que amanhã deve fazer 15ºC(!!!!), eu que já estava começando a acreditar casaco de frio é um acessório que eu iria usar 365 dias por ano, voltei a acreditar que aqui nessa terra as temperaturas podem ser positivas. Como estava com Summertime na cabeça pensei no CD maravilhoso que o Miles Davis gravou com arranjos para o ópera Porgy and Bess do Gershwin.

Semana passada no mercado, vi pela primeira vez para vender uma abobrinha que é redonda como uma bolinha, vi uma receita no livro "Les Petit Légumes" e há tempos queria fazê-las, mas nunca achava as danadas das abobrinhas redondas, quando vi no supermecado logo comprei, hoje testei a receita, uma delícia e uma fofura as abobrinhas redondinhas. É a quentinha de amanhã.

Glau, notinha para você querida, parabéns pelo CSQ, estou esperando ansiosamente a sua chegada por aqui, uma amiga que vem de mala e cuia para cá é um presente enorme. Saudade sempre flor, pensei muito em você hoje.

- Les Petits Farcis de Sophie

6 courgettes rondes
1 pot de ricotta
1 Chavroux
2 oignons émincés
huile d'olive
sel, poivre

Coupez le chapeau des courgettes, retirrez la chair à la petit cuillère en prenant soin de ne pas entamer la peau. Déposez les courgettes dans un plat(gardez les chapeaux, salez et poivrez, arrosez d'un filet d'huile d'olive. Préchauffer le four à 180ºC. Dans une sauteuse, faites revenir dans 2 c. à soupe d'huile d'olive les oignons émincés et la chair des courgettes coupée grossièrement. Laissez cuire 10 minutes à feu doux en remuant de temps en temps. Égouttez ensuite le mélange dans une passoire pour éliminer le plus d'eau possible. Dans une saladier, mélangez la ricotta et le Chavroux, ajoutez la chair des courgettes revenue avec les oignons, remuez bien. Salez très peu, poivrez généreusement. Remplissez les courgettes de farce, coiffez-les des chapeaux et glissez-les au four. Laissez-les cuire 30 minutes.