sexta-feira, 12 de março de 2010

Mudou

O Lunettes Rouges mudou de casa, agora você pode encontrar os post aqui.

Vou manter esse site como arquivo e aos poucos vou migrar alguns conteúdos, mas os originais vão continuar hospedados no Blogger.

Em Construção

Lunettes Rouges passa por reconstrução porque está de mudança para o WordPress, assim que a nova casa estiver arrumada eu volto com novos posts.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Arroz com Feijão



Não sei o que me eu essa semana que eu fiquei morrendo de vontade de comer uma feijoada(não sei se foi vontade de comer feijoada ou só de um bom prato de arroz com feijão).

Eu nunca fiz feijoada na vida e posso falar com certeza(minha mãe que me corrija se eu estivar errada)que lá me casa a gente nunca fez uma.

Mas como tudo na vida tem uma primeira vez, resolvi não esperar a vontade passar e testar os meus dotes culinários no mais brasuca dos pratos, chamei os vizinhos e lá fui eu para o fogão, feijões de molho, carne dessalgada, 3 horas em fogo brando depois, bem temperadinha, minha feijoada ficou pronta e modéstia a parte ela ficou maravilhosa.

Agora ninguém mais pode falar que eu não sou brasileira de verdade porque não sei fazer nem feijoada nem moqueca, a feijoada foi aprovada, quem sabe não me empolgo agora e testo uma receita de moqueca?



Ingredientes para feijoada você encontra aqui.

Achei as receitas no antigo site do Panelinha.

*Caipirinhas cortesia do vizinho que mineiro de tudo e trouxe uma cachaça das boas e seus apetrechos de barman e fez as caipirinhas que acompanharam a feijoada, porque o almoço em si não estava quase nada brasuca.....


Feijoada

500 g / 1 pacote de feijão preto
200 g de carne seca
200 g de carne defumada
200 g de paio
200 g de lingüiça calabresa
200 g de costela de porco
150 g de bacon
1 cebola média, picada
1 dente de alho, picado
2 colheres (sopa) de cheiro verde, picado
1 pitada de colorau
1 pitada de cominho
1 laranja, inteira
pimenta malagueta, a gosto
sal e pimenta do reino, a gosto


1. Escolha o feijão e coloque num recipiente fundo. Acrescente bastante água e deixe os feijões de molho cerca de 12 horas, trocando a água a cada 3 horas.

2. Corte a carne seca em pedaços, retire e despreze as gorduras, e coloque num recipiente. Cubra com água e deixe de molho por 12 horas, trocando a água a cada 3 horas.

3. Corte o bacon em cubos grandes. Separe uma pequena parte para o refogado e corte em pequenos pedaços.

4. Para cortar a costela em pedaços, apóie a costela sobre uma tábua e deixe a parte dos ossos virada para cima. Com uma faca afiada, corte a carne seguindo a linha entre os ossos. Reserve.

5. Escorra a água da carne seca e coloque-a (a carne) numa panela. Cubra com água fria e leve ao fogo para ferver. Ao ferver, escorra a água e cubra novamente com água fria. Leve novamente ao fogo e espere ferver. Escorra a água e reserve.

6. Escorra a água do feijão e coloque-os numa panela grande. Cubra os feijões com bastante água e leve ao fogo alto para ferver.

7. Ao ferver, abaixe o fogo e acrescente a laranja inteira (com casca) e a carne seca. Após 30 minutos, acrescente as costelinhas reservadas. Após mais 30 minutos, acrescente a carne defumada. Retire a laranja e despreze.

8. Em seguida, acrescente as lingüiças inteiras e o bacon. Deixe cozinhar por mais 90 minutos ou até que as carnes e o feijão fiquem macios.

9. Pique a cebola, o alho e o cheiro verde. Leve uma frigideira grande ao fogo baixo e acrescente um pouco de azeite e o bacon picado. Acrescente a cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente o alho e refogue por mais 1 minuto. Coloque o cheiro verde, o cominho, o colorau, a pimenta picada e mexa bem.

10. Pegue uma concha de feijão macio, sem o caldo, de dentro da feijoada e coloque sobre uma tábua. Amasse com um garfo, formando uma papa. Acrescente a papa de feijão dentro da frigideira com o refogado e mexa bem. Se for preciso, acrescente um pouco de caldo.

11. Jogue o refogado com a papa dentro da panela da feijoada e deixe cozinhar por mais alguns minutos. Prove a feijoada e verifique se precisa acrescentar sal e pimenta.

12. Retire as lingüiças de dentro da panela e coloque-as sobre uma tábua. Corte as lingüiças em fatias finas e volte as rodelas para a panela. Espere a feijoada aquecer e sirva em seguida.


Farofa Simples


500 g / 1 pacote de farinha de mandioca
2 cebolas médias
2 ovos
1/3 xícara (chá) de azeitonas, verdes
70 g / ½ xícara (chá) de bacon, picado
½ xícara (chá) de uvas-passa (opcional)
100 g de manteiga

1. Descasque as cebolas e corte em fatias bem finas. 2. Retire o caroço das azeitonas e corte em rodelas. Pique o bacon em cubinhos pequenos. 3. Leve uma panela média ao fogo baixo para esquentar. Acrescente a manteiga, o bacon e refogue por 2 minutos. Junte a cebola e refogue por mais 2 minutos. 4. Acrescente as azeitonas picadas e a farinha de mandioca. Mexa bem com uma colher de pau para a farinha absorver bem os temperos. 5. Quebre os ovos num recipiente e misture levemente com um garfo. Despeje os ovos, de uma só vez na panela e misture rapidamente com a colher. 6. Acrescente as uvas-passa e deixe cozinhar por mais 5 minutos.

Molho Picante
do livro Brésil, la cuisine de ma mère

2 tomates em cubinhos
2 pimentas dedo de moça
2 c. de sopa de cebolinha picada
2 c. de sopa de salsinha picada
200 ml do caldo da feijoada
sal

Misture todos os ingredientes numa tigela. Acerte o sal. Servir gelado.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ora Pois!


Aproveitando o dia lindo de sol, fui fazer uma caminhada pela St-Laurent para comprar os ingredientes que precisava para fazer uma feijoada esperta para os vizinhos no sábado.

Com a minha listinha na mão desci o Boulevard em direção ao Alim-Pot, açougue-mercadinho português que vende carne seca tipo brasileira(somo diz o rótulo e a pequenina bandeira do Brasil colada na geladeira) e outras iguarias brasucas(sucos Maguary, polvilho doce, farinha de mandioca, leite moça, creme de leite, Guaraná - e fica a dica, muita gente reclama que aqui não tem queijo minas frescal, bom lá tem e é muito gostoso).

Fotos do meu passeio no cantinho português de Montréal(que tem até direito a conversa sobre a novela no ônibus "A empregada que tá grávida! Mas ela não vai aguentar o parto, vai morrer...)

Vai lá:
Alim-Pot
20 rue Roy Est
514.982.6838




segunda-feira, 1 de março de 2010

Dedo de Moça

Não sei o que me deu essa semana, acho que é a TPM que se instalou essa semana, ou uma conversa interminável sobre Tacos e Guacamole no domingo com uma das minhas colegas de trabalho, mas fiquei com uma vontade louca e comer comida mexicana das bem apimentadas, acho que essa seleção no site da Martha Stewart também ajudou um bocado. Fiquei com coceira para fazer Chilli con Carne, mas por motivos que virão num próximo post não queria comer carne vermelha, mas para a minha sorte os avocados estavam em promoção no mercado 3 por $2.00, nada mal. Eles logo viraram um delicioso Guacamole para o jantar.

Como ainda não estava satisfeita, resolvi experimentar a receita de Enchiladas de Frango, que são a versão mexicana das nossas panquecas. A receita pede tortillas, mas as que eu achei no mercado eram cheias de conservantes e nomes que eu não conseguia pronunciar, então resolvi fazer uma receita básica de panquecas e deixar o pacotinho de tortillas na prateleira do mercado. Funcionou bem e as enchiladas ficaram maravilhosas e com direito a muito jalapeño.

Mas como a vida também pode ser doce, assei uma fornada de cookies para o café-da-manhã. Eu namoro a foto desses cookies desde que comprei o livro da Tia Martha, sempre tenho todos os ingredientes na despensa, hoje lembrei porque nunca fiz, a massa deve descançar na geladeira por duas horas antes de assar, você tem que se programar para fazer a receita, eu fiz a massa antes de ir para o trabalho e assei os cookies quando voltei para casa. Esses cookies são para os escolados, embora a massa seha simples e rápida de preparar, enrolar as bolinhas são outros quinhentos, a massa gruda para todo lado, gruda na mão, começa a derreter, me deu um trabalho colocá-la na assadeira, tentei tudo, untar a mão com óleo, com colheres e nada adiantou, não sei como consegui todas as bolinhas, espero que os cookies sejão proporcionalmente tão deliciosos quanto ao baile que a massa me deu.

Esse é o primeiro post do mês de Março, alguém pode me dizer aonde os 28 dias de Fevereiro foram parar? Se esconderam? Ainda não consigo crer que 2010 que começou tão fresquinho tipo ontem já inaugurou seu terceiro mês(just sharing).

Guacamole


2 abacates
1/2 cebola em cubinhos
1 tomates em cubinhos
1 pimenta jalapeño ou dedo de moça em cubinhos
suco de limão
sal e pimenta-do-reino
salsinha e cebolinha picada

Amasse o abacate com um garfo, misture a cebola, o tomate, a pimenta e a salsinha. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Adicione o suco de limão a gosto. Sirva com salsa e sour cream.

Enchiladas de Frango
receita da Tia Martha

3 peitos de frango
óleo de canola
2 dentes de alho
1/4 de xíc. de farinha de trigo
1 c. de chá de cominho
1 pimenta jalapeño
1/2 xíc. de queijo ralado(Cheddar ou Monterrey Jack)
8 tortillas
1 xíc. de caldo de frango

Numa panela coloque 1 centimetro de água com sal e leve ao fogo até levantar fervura. Coloque os peitos de frango e reduza o fogo para médio/baixo. Deixe cozinhar por 5 minutos. Retire a panela do fogo, cubra e deixe repousar por 15 minutos até o frango ficar opaco. Desfie o frango e coloque numa tigela. Reserve.

Numa panela aqueça o óleo em fogo médio, adicione o alho e refogue por 1 minuto. Adicione a farinha, cominho e o jalapeño, misture bem. Adicione o caldo de frango e 1/2 xíc. de água. Reduza o fogo e deixe cozinhar até engrossar, acerte o sal e a pimenta. Coloque 1 xíc. do molho na tigela da frango e misture bem.

Cubra o fundo de um refratário com 1/4 do molho. Recheie as tortilhas com o frango e coloque no refratário, cubra com o restante do molho e polvilhe o queijo ralado. Leve ao forno para gratinar.

- massa de panqueca:

200g de farinha de trigo
4 ovos
400 ml de leite
uma pitada de sal

Bater tudo no liquidificador e assar numa frigideira bem quente como crêpes.


Chocolate Crakles
do livro Martha Stewart Cookies

100g de chocolate meio amargo derretido
1 1/4 xíc. de farinha de trigo
1/2 xíc. de chocolate em pó
2 c. de chá de fermento
1/4 c. de chá de sal
100g de manteiga em temperatura ambiente
1 1/2 xíc. de açúcar mascavo
2 ovos
1 c. de chá de essência de baunilha
1/3 xíc. de leite
1 xíc. de açúcar
1 xíc. de açúcar de confeiteiro

1. Numa tigela misture a farinha, o chocolate em pó, o fermento e o sal. Na velocidade média da batedeira, bata a manteiga com o açúcar mascavo até abter uma mistura homogênea. Adicione os ovos e a essência de baunilha e em seguida o chocolate derretido. Reduza a velocidade da batedeira e adicionei o leite e a farinha alternadamente.

2. Divida a massa em 4 partes iguais, embrulhe em papel filme coloque na geladeira por 2 horas até a massa ficar firme.

3. Preaqueça o forno a 350ºF. Faça bolinhas com a massa, passe pelo açúcar e depois pelo açúcar de confeiteiro. Coloque numa assadeira e asse por 14 minutos. Deixe esfriar.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Açúcar e Canela

Uma das coisas que eu tenho mais dificuldade em me acostumar por aqui é preparar marmita para levar para o trabalh. Eu já tentei várias vezes me organizar mas não consigo. Eu deveria uma vez que qualquer coisa que eu prepare na cozinha de casa vai me custar muito mais barato do que algo que eu compre na rua, sem contar que será infinitamente mais saudável e fresco. Mas cada vez que eu arrumo uma sacolinha com almoço é um tal de potinho pra isso, potinho pra aquilo, as coisas que não se misturam, molhinho da salada, garfo, colher, prato, o suquinho. Fora que depois você tem que lembrar de trazer tudo de volta pra casa. Isso não é desculpa, eu sei, mas para mim é uma dificulade imensa conseguir manter uma rotina de marmitas 5 dias por semana.

Por isso que eu gosto quando começo a trabalhar à tarde, eu almoço em casa e não tenho que levar comida para o jantar porque eu não tenho o hábito de fazer uma refeição muito grande à noite. Então eu levo torradas, frutas, um pedaço de bolo e na hora do intervalo eu como com um chá ou um café com leite.

Essa semana estava com vontade de comer cookies, resolvi fazer a receita do Snickerdoodles, que são cookies muito simples e absolutamente tentadores.

A primeira vez que eu viz esses cookies eu assei por mais tempo que deveria e eles ficaram como uma bolacha, quando na verdade devem ficar macios e fofinhos por dentro. Dessa vez resolvi seguir o tempo indicado na livro a risca, quando coloquei assadeira no forno marquei quinze minutos no relógio. Tirei a assadeira do forno um pouco hesitante, deixei esfriar(esses cookies só chegam no ponto depois de frios) e escolhi o menorzinho para experimentar, e voilà eles ficaram perfeitos, assados no ponto exato e claro deliciosos.


Snickerdoodles

do livro Martha Stewart's Cookies

2 3/4 de farinha de trigo
2 c. de chá de fermento em pó
1/2 c. de chá de sal
200g de manteiga em temperatura ambiente
1 1/2 xíc. + 2 c. de chá de açúcar
2 ovos
2 c. de chá de canela em pó

1. Preaqueça o forno à 180ºC. Numa tigela misture a farinha, o sal e o fermento. Numa outra tigela coloque a manteiga e 1 1/2 de açúcar, bata em velocidade média até a mistura ficar fofa. Adicione os ovos. Aos poucos acrescente a mistura de farinha.

2. Num prato misture 2 c. de chá de açúcar e a canela. Faça bolinhas com a massa, passe na mistura de açúcar e canela e coloque numa assadeira.

3. Asse por 12-15 minutos e deixe esfrirar antes de servir.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Péché Mignon


Eu sou uma pessoa que desenvolve muito facilmente obcessões culinárias. Quando descubro alguma gosto novo que agrada ao meu paladar sou capaz de ficar dependente por semanas até a vontade descobir um novo sabor.

Uma das minhas últimas descobertas foi o grapefruit ou toranja(estranho o nome não? Oi moço, me dá uma dúzia de toranjas por favor?). Ela nunca fez parte da fruteira lá de casa, a primeira vez experimentei uma toranja foi no ano passado e não gostei, ela tem um gostinho amargo no final, que não agradou.

Mas umas semanas atrás minha roommate comprou um monte de toranjas que estavam em promoção no supermecado e colocou na fruteira, todas lindas, enormes e brilhantes. Elas olharam para mim e pronto fiquei com vontade de experimentá-las de novo. Coloquei as toranjas na lista de compras da semana, aproveitando a promoção 4 por $0.99(nada mal).

No café da manhã fiz um grande esforço mental para esquecer a primeira impressão que tive da fruta e confirmando a impermanência das opiniões, adorei! No outro dia pela manhã, resolvi fazer um suco, já que estava um pouco enjoada de tomar Tropicana e queria algo menos industrializado. Viciei no suco também. Na semana seguinte as toranjas continuavam em promoção, aproveitei e comprei uma dúzia, como uma todo dia de manhã. Quando não como faço um suco.

Semana passada chegou na livraria o novo livro do Gordon Ramsay sobre a culinária indiana. Eu dei uma olhada no livro e a receita do Masala Chai chamou a minha atenção. Copiei e na primeira folga que tive na semana testei a receita. Uma delícia, aromático, leve, com gostinho de quero mais no final. Viciei também. Quando tenho tempo faço para o café da manhã, se a manhã é curta preparo o chá e coloque na minha garrafinha térmica para tomar durante do trabalho.

A receita é quase a original do livro, eu adicionei o anis-estrelado para fazer o meu. Duas colheres de sopa de mel podem substituir o açúcar. Uma fava de baunilha ou meia colher de chá de essência de baunilha fazem Chai à la Vanille(eu fiz e fica muito bom também, usei uma fava). Acho que gengibre harmoniza bem com a combinação de especiarias, é o próximo que vou experimentar.

Masala Chai

500 ml de água
200 ml de leite integral ou semi-desnatado
3 cravo-da-índia
1 pau de canela
6 cardamomos
4 grão de pimenta-do-reino
1 anis-estrelado
2 c. de chá de açúcar
1 saquinho de chá preto

Numa panela juntar as especiarias, a água e o leite, leve ao fogo e deixe ferver. Em fogo médio/baixo deixe reduzir por 12-15 minutos. Coloque o chá e o açúcar. Peneire e sirva quente.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Doses Homeopáticas


Sempre me perguntam como eu comecei a cozinhar. Eu adoraria poder dizer que eu passei a minha infância vendo as minhas avós na cozinha fazendo grandes almoços de família e que hoje eu uso os cadernos de receitas que eram delas. A verdade é que eu nunca vi nenhuma das minhas avós na cozinha, minha mãe sempre falou que a mãe dela nunca foi lá uma grande cozinheira.

Minha mãe tem mão santa para fazer bolos, sempre fez bolos elaborados com coberturas, recheios e muitas camadas para os aniversários lá de casa, mas em se tratando dos salgados, vamos dizer que ela é uma cozinheira digamos assim um tanto espertinha, um dia eu cheguei da faculdade com o meu pai, ela tinha feito sopa para o jantar, uma sopa deliciosa, de lamber os beiços, quando nós terminamos de comer ela começou a rir, nem eu nem meu pai entendemos bem o porque, até ela explicar que a sopa maravilhosa que tínhamos acabado de comer tinha um ingrediente especial: os pezinhos da galinha!! Desde então eu e meu pai sempre quisermos saber quais os ingredientes dos pratos preparados por ela, só por via das dúvidas. Mesmo tendo me ensinado o beabá da cozinha, minha mãe não é uma apaixonada por ela e ela até tinha um caderno de receitas que um dia poderia ser meu, mas desde que a gente mudou de apartamento que eu não sei mais dele.

Mas quem me fez mesmo começar a cozinhar foi o limão, ou melhor, a ausência dele.

Um pouco antes de me formar na faculdade eu comecei um tratamento homeopático com uma médica bem senhorinha já e com nome de vovó, Dra. Carolina. Logo na primeira consulta uma lista relativamente extensa de alimentos que eu deveria evitar. Muito deles já não faziam parte do cardápio habitual lá de casa, mas quando ela colocou na lista limão e todos os cítricos e tomate, aí complicou. Gente ficar sem molho de tomate e não poder temperar a salada...voltei para casa pensando como tirar essas coisas tão básicas da alimentação diária. Durante no primeiro mês eu fui bastante disciplinada e comecei a pesquisar receitas com ingredientes que eu pudesse comer. Comecei fazendo sopas, a minha preferida era a de abóbora japonesa, com cenoura e batata doce. Logo estava me aventurando com receitas mais elaboradas, mas sempre encontrava algum prato apetitoso que tinha vontade de fazer e não podia. Consegui seguir a risca a lista as recomendação da Dra. Carolina e fui toda orgulhosa para a consulta de retorno um mês depois crente que ela iria liberar algumas coisas, principalmente o limão e o tomate. Já estava pensado nas delícias que iria fazer depois da consulta, poderia finalmente fazer todas as receitas da culinária árabe que eu tinha copiado no meu caderno.

Mas como a Dra. Carolina era mais para a uma vovó Herta do que para uma bondosa vovó como Dona Benta a restrição continuou e ela deixou bem claro que seria por tempo indeterminado. Saí do consultório e joguei claro a lista para o espaço. Cozinhar sem limão não dá, afinal sem ele como refrescar a vida?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Bacalhau com Natas




Já faz um tempo que eu estava procurando bacalhau por aqui, nunca achava postas só o peixe inteiro, até que resolvi perguntar na peixaria(que é de um português) se eles sabiam onde eu poderia encontrar bacalhau em postas, a resposta veio melhor do que eu esperava, ali mesmo eles tinham o peixe que eu tanto queria.

O bacalhau aqui vem da Nova Scotia e custa bem mais barato do que no Brasil, o quilo sai por aproximadamente CAN$ 15.00. Comprei um pacotinho de 480g e resolvi experimentar a receita de "Bacalhau com Natas".

Fuxicando na internet achei uma receita que me pareceu bastante confiável no Tasca da Elvira, blog escrito por uma portuguesa de Açores que também escreve o Elvira's Bistrot. Achei também esse post sobre "Bacalhau com Natas" muito interresante, com uma pincelada sobre a história de Portugal.

Para acompanhar o bacalhau fiz uma "Salada de Pêras com Parmesão, receita da maravilhosa revista portuguesa Blue Cooking que eu descobri muito por acaso na Satélite, numa das minhas idas à São Sebastião.

A salada é feita assim, em forno preaquecido a 180ºC asse as pêras cortadas ao meio até ficarem macias(uma pêra por pessoa), no prato de serviço coloque um punhado de rúcula, as duas metades de pêra e polvilhe com lascas de parmesão. Na hora de servir, regue com vinagrete feito com azeite e suco de limão, na proporção de 3 partes de azeite para uma parte de suco de limão, sal e pimenta-do-reino moída na hora e um punhado de sementes de mostarda.

Para sobremesa fiz Pudim de Leite Condensado, receita do Panelinha. Pra quem não tem leite condensado à mão, a versão francesa, Crème Caramel é bastante semelhante, eu não tinha a quantidade suficiente de ovos para fazer a receita então ataquei as duas últimas latas de leite condensado que eu tinha na despensa.



Vai lá:
Poissonerie Antoine
5020, Avenue du Parc (c/ St-Joseph)
(514) 278.8749

Bacalhau com Natas

500 ml de leite
600g de bacalhau em postas dessalgado
200 ml de creme de leite
3 dentes de alho
1 folha de louro
800g de batata cortadas em cubos
2 cebolas cortadas em rodelas
100 ml de azeite
40g de manteiga
50g de farinha de trigo
noz-moscada
sal e pimenta-do-reino

Numa panela coloque o leite, o alho, a folha de louro e o bacalhau. Leve ao fogo até levantar fervura, retire do fogo, tampe a panela e reserve.

Frite os cubos de batata em um pouco de óleo e reserve. Limpe as postas de bacalhau retirando a pele e os espinhos. Peneire o leite e reserve.

Refogue a cebola no azeite, acrescente as batatas e o bacalhau desfiado. Acerte o sal se necessário e tempere com pimenta-do-reino. Preaqueça o forno a 220ºC.

Numa penela derreta a manteiga, acrescente a farinha e misture bem, acrescente o leite aos poucos, coloque uma pitada de noz-moscada e deixe o molho engrossar mexendo sempre para não empelotar. Retire do fogo e acrescente o creme de leite.

Coloque o bacalhau num refratário e cubra com o molho béchamel. Leve ao forno até ficar dourado.

Crème Caramel
do livro "Cooking French"

100g de açúcar
650 ml de leite
1 fava de baunilha
125g de açúcar
3 ovos batidos
3 gemas

Para fazer o caramelo coloque 100g de açúcar numa panela e leve ao fogo médio até o açúcar dissolver, retire do fogo e adicione 2 c. de sopa de água. Coloque numa fôrma de pudim.

Preaqueça o forno à 180ºC. Coloque o leite e a fava de baunilha numa panela e leve ao fogo até ferver. Numa tigela misture os ovos, as gemas e o açúcar, adicione o leite(passe por uma peneira). Misture bem. coloque na fôrma. Asse em banho-maria por 35-40 minutos até o pudim ficar firme ao toque. Retire do forno e deixe esfriar, leva à geladeira por 2 horas e desenforme na hora de servir.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Você tem Fome de Que?

As refeições dessa semana:

Terça-Feira e Quarta-Feira


A foto vale mais que mil palavras, essa torta é divina.


Torta de Frango
do livro "Brésil - La Cuisine de ma mère"

- para massa:
50g de manteiga em temperatura ambiente
2 c. de sopa de óleo de canola
200g de farinha de trigo
2 ovos
1 c. de café de sal
1 c. de sopa de fermento em pó

- para recheio:
350g de peito de frango
30g de manteiga
100 ml de leite
1 c. de sopa rasa de farinha de trigo
1 ovo batido
1/2 cubo de caldo de frango
220g de palmito
10 azeitonas verdes
sal e pimenta-do-reino

1. Numa tigela, misturar bem a manteiga e o óleo. Adicionar aos poucos a farinha, o sal e o fermento. Adicionar os ovos, um a um e misturar com os dedos até obter uma massa homogênea. Deixe descansar por 30 minutos.

2. Numa frigideira, grelhe com filés de frango em 15g de manteiga até ficarem dourados. Retire do fogo e desfie.

3. Numa panela refogue a cebola em 15g de manteiga, acrescente o cubo de caldo de frango dissolvido em 100 ml de água. Adicione o leite e a farinha e mexa com uma colher de pau. Deixe cozinhar em fogo baixo até engrossar. Acrescente o ovo e deixe cozinhar por mais 2 minutos. Incorpore o frango desfiado. Retire do fogo, acrescente as azeitonas e o palmito. Acerte o sal e a pimenta se necessário.

3. Preaqueça o forna à 210ºC. Abra a massa e coloque numa assadeira redonda de aproximadamente 26 cm untada com manteiga. Coloque o recheio e leve ao fogo por 40 minutos.

- eu acrescentei meia lata de milho-verde no recheio da minha torta.

Quinta-Feira

Antipasto ou Panache, para os íntimos, é uma ótima maneira de fazer um jantar rápido e saudável. Eu faço de acordo com os legumes que eu tenho na geladeira, o trio completo é composto de beringela, abobrinha e pimentão. Champignons e cebola roxa fazem uma boa variação.

Para não falar que é "super fácil de fazer" porque todo mundo tira uma com a minha cara, o preparo do Antipasto é bastante simples, os legumes devem ser cortados em fatias finas na sentido do comprimento, depois devem ser grelhados numa frigideira anti-aderente preaquecida em fogo alto. Depois de grelhar todas as fatias é só temperá-las como uma salada com azeite, sal e pimenta-do-reino moída na hora. Eu fiz também uma salada de mussarela de búfala com tomate e molho pesto e comi uma uma baguete.

Perfeito para a fome pós aula da yoga.

Eu tirei foto do meu Antipasto, mas ela não ficou boa, aqui no La Cucinetta a foto é linda e a Ana Elisa explica como ela faz o dela.

Sexta-Feira

Estava namorando essa receita desde que comprei o livro "Good Food for All"(a foto dá água na boca), como só usei metade do frango que comprei para fazer a torta de frango da terça, resolvi usar a outra metade para fazer os hambúrgeres, como eu fiz também as abobrinhas gratinadas, eu não preparei a coalhada. Achei a receita uma ótima opção ao hambúrger de carne vermelha, já que o frango orgânico custa um tantinho mais barato que a carne orgânica.

As abobrinhas gratinadas são deliciosas, a textura é um pouco parecida a de um suflê, é bem levinho e um ótimo acompanhamento.

Hambúrger de Frango com Coalhada de Hortelã
do livro "Good Food for All"

1 kg de frango moído
1 cebola pequena picada
3 dentes de alho picados
um punhado de salsinha +cebolinha picada
2 ovos
1/3 a 1/2 xíc. de farinha de rosca
sal e pimenta-d0-reino
2 colheres de za'atar
1 xíc. de coalhada seca
1/4 xíc de hortelã picada
suco de 1/2 limão

Numa tigela misturar o frango, cebola, alho, salsinha, ovos, 1/3 da farinha de rosca e o za'atar. Tempere com sal e pimenta-do-reino e misture tudo com as mãos até formar uma mistura homogênea. Modele os hambúrgeres e grelhe numa frigideira anti-aderente.

Tempere a coalhada com sal e pimenta-do-reino, misture o suco de limão e o hortelã.

Sirva em pão de hambúrguer com salada.


A receita para fazer coalhada seca está aqui.

Abobrinha Assada
do livro "Good Food for All"

2 c. de sopa de azeite
1 abobrinha grande
3 xíc. de mussarela ou cheddar ralado
2 c. de chá de fermento
1 c. de chá de sal
1/2 c. de chá de pimenta-do-reino moída
3 c. de sopa de farinha de trigo
1/2 xíc. de leite
4 ovos

Preaqueça o forno à 180ºC. Unte um refratário com azeite. Rale a abobrinha e coloque no refratário, espalhe o queijo ralado. Numa tigela misture o fermento, sal, pimenta-d0-reino e farinha, adicione os ovos e o leite. Espalhe sobre as abobrinhas. Asse por 35 minutos até ficar dourado. Deixe esfriar um pouco e sirva a seguir.

domingo, 31 de janeiro de 2010

ISBN

Você sabe o que é ISBN?

Eu também não sabia até começar a trabalhar numa livraria. Segundo a Wikipédia

" International Standard Book Number, mais conhecido pela sua sigla ISBN, é o Número Padrão Internacional de Livro, um sistema identificador único para livros e publicações não periódicas.

Foi criado no Reino Unido em 1967 pela livraria W H Smith, sendo chamado inicialmente de "Standard Book Numbering" ou "SBN". Desde então, passou a ser amplamente empregado tanto pelos comerciantes de livros quanto pelas bibliotecas, até que, em 1972, foi adaptado internacionalmente como norma padrão ISO 2108 pela International Organization for Standardization.


O fundamento do sistema é identificar numericamente um livro segundo seu título, autor, país (ou código de idioma) e a editora, individualizando inclusive edições diferentes.


Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra.

Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras lingüísticas e facilita a sua circulação e comercialização.


A versatilidade deste sistema de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas automatizados, razão pela qual é adotado internacionalmente.


O ISBN simplifica a busca e a atualização bibliográfica, concorrendo para a integração cultural entre os povos.


O ISBN a partir de 1 de janeiro de 2007 passou a ser constituído por treze dígitos em vez dos dez dígitos.


O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, sediada em Berlim, na Alemanha, que orienta, coordena e delega poderes às Agências Nacionais designadas em cada país."


Então quando você estiver procurando por um livro, ao invés de chegar com esse discurso:

"Há então, estou procurando um livro que estava nessa mesa no ano passado...ele tem a capa azul, o nome do autor começa com E e o livro é mais ou menos dessa grossura e custava em torno de 30 dólares...."

Mostre que você é bacana e bem informado e chegue com o ISBN do seu livro, muito mais prático, fácil e eficiênte.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Vespertino

Essa semana comecei oficialmente meu novo horário, depois de um mês de janeiro para lá de turbulento, parece que as coisas aos poucos começam a voltar ao seu devido lugar.

Como agora eu sou senhora dos meus horários e posso organizá-los como quiser, uma das primeiras providências que eu tomei foi de não almoçar fora de casa nos dias que não trabalho, programei os cardápios de cada dia e fui com a minha listinha para o supermecado.

Ao longo da semana fui usando os ingredientes, as cenouras viraram uma salada que acompanhou o salmão assado. O queijo gruyère virou pão de queijo para o café da manhã. A intenção era o penne virar piccolo penne clássico, receita da Carla Pernambuco, mas o frio polar aqui das terras do norte tirou os tomates-cereja das prateleira do supermecado. Pelo menos até a primavera
, assim fiz um macarrão basiquinho, com atum e pesto.

Agora é começar a planejar os menus da semana que vem.

Salada de Cenoura

do livro "Good Food for All"

3 cenouras grandes raladas
um punhado de salsinha e cebolinha picado
um punhado de uva-passa
3-4 c. de sopa de azeite
2 c. de sopa de vinagre
1/2 c. de chá de cominho
sal e pimenta-do-reino

Misture todos os ingredientes numa tigela. Deixe descançar por 15 minutos e sirva.

Pão de Queijo

400g de farinha de tapioca
2 ovos
150g de queijo gruyère ralado
200 ml de leite
150 ml de óleo
1 c. de sopa rasa de sal

Preaqueça o forno à 180ºC. Numa tigela misturar o sal e a farinha de tapioca. Numa panela ferver o leite com o óleo e misturar com a farinha com a ajuda de uma colher de pau, esperar esfriar alguns minutos. Misture com as mãos os ovos um a um, trabalhe a massa. Adicione o queijo ralado. Faça bolinhas de aproximadamente 4 cm e asse por 30 minutos até ficar dourado.

Piccolo Penne Clássico
do livro "Carlota - Balaio de Sabores"

400g de piccolo penne
3 xíc. de tomatinho-cereja cortado ao meio
18 bolinhas de mussarela de búfalo partidas ao meio
1/2 xíc. de folhas de manjericão
azeite de oliva extravirgem
1 c. de sopa de raspas de limão siciliano
uma pitada de açúcar
sal e pimenta-do-reino

Aqueça 1/3 de xíc. de azeite numa frigideira, junte os tomatinhos, o açúcar, sal e pimenta. Salteie bem. Coloque a massa(já cozida até "al dente"), acrescente o manjericão, as raspas de limão, acerte o sal e a pimenta. Misture bem e acrescente a mussarela. Sirva bem quente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Joyeux Anniversaire


Papis completa anos hoje!

Feliz Aniversário, bolo e brigadeiro para você!




quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Biblioteca

Uma das primeiras coisas que eu fiz quando cheguei em Montréal foi a carteirinha da Biblioteca Nacional do Québec. Foi amor à primeira vista pela imensidão de livros, tão organizados tudo tão arrumadinho, tão moderno, tão eficiênte.

Fora o silêncio, nossa o silêncio...em algumas das poltronas espalhadas pela biblioteca o único barulho que se escuta é o dos passos das pessoas, a gente fica mesmo é na escuta dos nossos próprios pensamentos (o que as vezes é tão difícil, tanta interferência).

Foi na Biblioteca que depois de um ano eu voltei a estudar francês, ponto de partida dos meus projetos para 2010. Munida de gramáticas e afins fui lá buscar o silêncio, disciplina e concentração para me dedicar ao que estava ficando por demais em segundo plano.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Descendência

Essa semana, copiando algumas receitas do livro "Falling Cloudberries" da Tessa Kiros, eu descobri seus livros quando, antes de ir de férias para o Brasil eu descobri o livro "Postcards from Portugal", todo sobre a cozinha portuguesa, eu que estava louca para comer bacalhau, ia copiando as receitas e com elas a vontade só aumentando(como vontade dá e passa a minha passou, 2 kg de bacalhau depois).

A Tessa Kiros tem uma árvore genealógica para lá de interessante, ela é fruto da uninão de uma finlandêsa com um grego, nasceu em Londres mas se mudou com a família para Afríca do Sul quando tinha 5 anos, hoje ela é casada com um italiano e mora na Toscana(nada, mas nada mal). A idéia do "Falling Cloudberries" é resgatar as receitas da família e como todos os outros livros ele é lindo, cheio de fotos antigas da família.

Hoje testei as almôndegas, elas ficam uma delícia, na verdade tem o sabor bem parecido comas almôndegas da Marcella Hazan, a pimenta-da-jamaica é que dá o gostinho diferente no final.

Pensando em árvores genealógicas uma fotenha da minha:


Almôndegas Finlândesas

3 fatias de pão branco sem casca
2/3 de xíc. de leite
500g de carne de porco moída
500g de carne vermelha moída
1 ovo grande
1 cebola vermelha picada
2 c. de chá de pimenta da jamaica
60g de manteiga
2 c. de sopa de azeite de oliva
1 c. de sopa de farinha de trigo
200g de sour cream
geléia de cranberry

Embeber o pão no leite e deixar de molho até absorver. Adicionar as carnes moídas, ovo, cebola e a pimenta da jamaica. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Faça bolinhas do tamanho de uma noz. Aqueça 40g de manteiga e o azeite numa frigideira, frite as almôndegas. Coloque a farinha na assadeira e o restante da manteiga e cozinhe até dourado. Retire a frigideira do fogo e adicione 2 xíc. de água quente. Leve ao fogo novamente. Coloque o sour cream e cozinhe até abter um creme espesso. Sirva o molho sobre as almôndegas, com geléia de cranberry e batatas cozidas.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Grace

A Grace foi uma das contratadas da livraria para trabalhar nesse Natal, semana que vem os contratos de período de festas acabam e infelizmente uma leva de gente muito bacana se despede da livraria.

Essa semana fizemos uma festa de despedida e a Grace cantou tão lindamente que não pude deixar de fazer um vídeo para colocar aqui. Fala se a música não é linda(composição dela, por sinal)?


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Chocolate Quente


Janeiro e Fevereiro são os meses mais duros do inverno por aqui, mal o ano começou e(pelo menos eu) já comecei a sentir a diferença. O ano começou com uma tempestade que durou dois dias e deixou a cidade coberta com muitos centímeros de neve, como era feriado a limpeza só começou a ser feita ontem a noite e a quantidade de neve acumulada era impressionante. Como o frio só vai embora agora em Maio o jeito é achar soluções para ele ficar mais doce e mais quente. Desde o inverno passado eu queria fazer chocolate quente, masm ele foi muito corrido, tinha acabado de chegar e não consegui achar uma brechinha para o meu chocolate quente. Um ano depois a oportunidade apareceu, um amigo querido estava triste, triste, com dor de amor, pensei que não tinha remédio melhor para um coração partido que uma caneca de chocolate quente.

Segui a receita da Nigella, adicionei uma xícara de creme de leite e usei chocolate meio amargo 65%, ficou igual ao chocolate quente da Juliette&Chocolat, o creme de leite deixa o chocolate mais espesso, eu achei muito grosso, da próxima vez vou fazer só com leite.

Chocolate Quente - da Nigella

2 xíc. de leite integral
100g de chocolate meio amargo
1 pau de canela
2 c. de chá de mel
1 c. de chá de açúcar mascavo
1 c. de chá de essência de baunilha
2 c. de sopa de rum

Numa panela leve ao fogo baixo o leite, o chocolate, o açúcar, a canela e o mel. Mexa até o chocolate derreter. Adicione a essência de baunilha e o rum. Acerte o açúcar se necessário.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Crêpes

Achei que fazer crêpes seria a melhor maneira de começar 2010. Resolvi que estava na hora de superar o trauma que eu tinha por não ter conseguido fazê-los bem feitos(não conseguia dominar a técnica de rodar a frigideira enquanto colocava a massa com a concha) na primeira vez que tentei trazer um pouco de Paris para a minha casa. Dessa vez resolvi testar a receita do super livro "Good Food for all"(a foto do crêpe de banana com Nutella é de dar água na boca). Mas um erro meu(não deixei a manteiga esfriar o suficiente antes de colocar na massa) fez toda a receita desandar com isso me vi com só dois ovos(a receita pede 3) e com todos os mercados da cidade fechados por causa do feriado e uma vontade enorme de comer crêpes. Como resolver? Saí garimpando receitas de crêpes, a do Panelinha pedia 2 ovos e duas gemas, a do meu livro de cozinha francesa pedia 3 mas a do site da Elle à la table pedia só dois, na medida certa para matar a minha vontade. Dessa vez fui com menos sede ao pote e derreti a manteiga em banho-maria(normalmente faço no microondas) e deixar esfriar por uma meia hora antes de começar a fazer a massa. A paciência foi retribuida com 4 crêpes deliciosos, 2 de queijo e 2 de chocolate(com a Nutella maison que eu fiz semana passada). Resolvi colocar aqui as receitas que eu achei, assim se você um dia se encontrar numa situação onde a vontade é maior que a sua quantidade da ovos, você encontre uma receita que se encaixe nos ingredientes disponíveis na sua geladeira.


Receita 1 - do livro Cooking French

2 xíc. de farinha de trigo
pitada de sal
1 colher de sopa de açúcar
2 ovos
400 ml de leite
20g de manteiga derretida


Receita 2 - do livro Good Food for All

1/2 xíc. de farinha de trigo
pitada de sal
2 ovos
1 gema
1 1/4 xíc. de leite
1 1/2 c. de sopa de essência de baunilha
6 c. de sopa de manteiga derretida

Receita 2 - Elle à la Table

4 ovos
500 ml de leite
250g de farinha de trigo
50g de manteiga derretida
pitada de sal
1 c. de sopa de essência de baunilha

Receita 3 - do Panelinha

1 1/4 xícara (chá) de farinha de trigo
2 ovos
2 gemas
250 ml de leite
30 g de manteiga derretida
1 pitada de sal

Não importa qual receita você escolher fazer você deve misturar a farinha, o sal e os ovos numa tigela e misturar com um fouet, quando a mistura ficar pastosa colocar um pouco do leite, misturar bem para não ficar empelotado, colocar alternadamente a manteiga e o resto de leite, depois a essência de baunilha. A massa deve descançar em temperatura ambiente por meia hora. Para preparar os crepes, leve uma frigideira antiaderente pequena ao fogo alto. Segure o cabo da frigideira com uma mão e, com a outra, coloque uma concha pequena da massa. Mexa rapidamente a frigideira, fazendo movimentos circulares, para que a massa cubra todo o fundo da frigideira. Atenção: a quantidade de massa deve ser pouca, para que o crepe fique fino e leve. Deixe a frigideira sobre o fogo alto até que as bordas do crepe comecem a soltar da frigideira. Vire o crepe com o auxílio de uma espátula e deixe dourar por 1 minuto.