sábado, 31 de janeiro de 2009

Biscoitos

Essa receita é da irmã da Stéphanie, os biscoitos são deliciosos, aproveitei que já estava na cozinha e resolvi testar a receita, tenho que confessar que os dela são mais gostosos, mais fofinhos, talvez seja algum segredinho que ela não contou ou é prática(a segunda vez que a gente faz uma receita sempre fica mais redondinho). O que eu achei mais interessante é que a receita leva coentro seco moído, nem dá pra perceber o gosto mas acho que ele acentua os aromas e o gosto do limão.
As músicas são porque estou passando por um momento Bossa Nova, quase todo dia escuto Elis &Tom e acho que é um dos cds mais lindos já gravados, escuto e fico pensando no livro do Ruy Castro. Na livraria um dos cds que está no shuffle para tocar durante o dia tem essa gravação de Garota de Ipanema, então as vezes eu estou fazendo alguma coisa e começa a tocar e parece que me dá um folêgo novo para terminar o dia.

Biscoitos de limão com sementes de papoula

2 xícaras de farinha de trigo
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
raspas de 1 limão
2 colher de chá de coentro seco moído
2 colheres de sopa de sementes de papoula
3/4 xícara de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
3 ovos
1 1/2 colher de chá de essência de baunilha ou limão

1. Em uma tigela misture os ingredientes secos.
2. Em outra tigela grande misture a manteiga, os ovos, a essência de baunilha e o açúcar.
3. Incorpore os ingredientes secos na tigela com a mistura de ovos a misture até ficar homogêneo.
4. Faça bolas do tamanho de uma noz com a massa e coloque em uma assadeira untada ou antiaderente. Leve para assar em forno preaquecido a 180º por 20 a 25 minutos ou até que os biscoitos estejam dourados.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dinner Party

Sábado, eu a a minha roommate vamos fazer um jantar aqui em casa. Já faz umas duas semanas que estamos namorando essa idéia e finalmente conseguimos marcar uma data. Vamos fazer o jantar para Renata, que trabalha comigo e virou amiga querida, daqui duas semanas ela volta para Toronto para fazer mestrado, então o jantar é um pouco uma despedida. Há uma semana tenho pensado no menu, sempre que tinha uma folga olhava os livros de receita na livraria, e aos pouquinhos ele foi surgindo, dessa vez não quis experimentar receitas novas, e como o Frango com Couscous do Panelinha não saía da minha cabeça, fui adicionando outros pratos que combinassem com ele, cheguei nesse menu com um toque de especiarias do oriente, perfumado e bem feminino:

Frango Assado com Couscous
Arroz de Jasmim ao leite de coco
Salada de laranja, azeitonas e cebola roxa(receita do livro Arabesque, Claudia Roden)
Malabie

Orange, Olive and Onion Salad - serves 6

4 oranges
16 black olives
1 large mild red onion, finely chopped
juice of 1/3 to 1 lemon
3 tbsp argan or extra virgin olive oil
salt
1/2 tsp ground cumin
1/2 tsp paprika
pinch of ground chilli pepper
2 tbsp chopped flat-leaf parsley

Peel the oranges, removing the pith. Cut them into hick slices and then into quarters with a fine serrated knife. Put them on a flat serving plate with the olives and chopped onion on top. Make a dressing with a mixture of lemon juice, argan or olive oil, salt, cumin, paprika and chilli pepper and pour over the salad. Sprinkle with the chopped parsley.



Ilhas Desconhecidas

Por Contardo Calligaris

O amor e a viagem nos fazem descobrir que há algo, em nós, que não conhecíamos até então
QUANDO ERA criança, um senhor canadense, Mr. Evans, foi contratado por meus pais para "treinar" meu inglês. O método de Mr. Evans consistia em narrar grandes eventos da História (com H maiúsculo) como se ele tivesse sido uma testemunha ocular. Conseqüência: há detalhes íntimos de várias cenas famosas que não sei mais se são fatos ou fantasias de Mr. Evans.

Uma fonte de inspiração de Mr. Evans era a expedição de Lewis e Clark, que, entre 1804 e 1806, abriu o caminho do Oeste americano. Segundo Mr. Evans, em 7 de abril de 1805, deixando Fort Mandan para se aventurar no território desconhecido das grandes planícies, Lewis, pensativo, teria dito a George Gibson (o melhor atirador da expedição): "New land, George" (uma nova terra, George).

Nunca pude confirmar a veracidade da dita conversa. Mas essa frase, aparentemente trivial, foi incorporada no meu léxico familiar. A cada vez que, numa viagem de férias, saíamos do país, meu irmão e eu não parávamos de repetir: "New land, George". Ainda hoje, quando chego num lugar desconhecido, penso em Lewis e Gibson.

Mais tarde, meu irmão e eu passamos a usar a mesma expressão quando - numa festa, por exemplo - avistávamos mulheres que despertavam nosso interesse. Um dos dois, invariavelmente, levantava a mão espalmada, como se quisesse proteger os olhos do sol, e dizia: "New land, George".

Na literatura, não é raro que um corpo amado e desejado seja comparado à paisagem de terras incógnitas. John Donne, num de seus mais lindos poemas (do século 17), chamou sua amada de "minha América, minha terra recém-descoberta". De fato, há mesmo uma relação entre o amor e a verdadeira viagem. Vamos ver qual.
De vez em quando, tenho vontade de viajar. O que chamo de viajar não tem muito a ver com viagens de férias. Tampouco significa necessariamente desbravar terras virgens.

Encontrei a melhor definição do que é viajar numa maravilhosa e breve fábula de José Saramago, que acaba de ser publicada, "O Conto da Ilha Desconhecida" (Companhia das Letras). O protagonista explica assim seu desejo: "Quero encontrar a ilha desconhecida. Quero saber quem eu sou quando nela estiver".

Viajar é isto: deslocar-se para um lugar onde possamos descobrir que há, em nós, algo que não conhecíamos até então. Sem estragar o prazer dos leitores, só direi que, no fim da fábula de Saramago, talvez o protagonista não encontre sua ilha, mas ele encontra uma mulher. A moral da história é incerta, entre duas leituras opostas.

Primeira leitura: quem casa não viaja (a não ser de férias); casar-se é desistir de viajar. É o que pensam, com freqüência, homens e mulheres casados. E é também o que os leva, às vezes, a se separarem. Quando achamos que o outro nos impede de viajar, ou seja, que ele nos priva da aventura de descobrir o que poderia haver de diferente em nós, o casal se torna nosso inimigo. Claro, na maioria dos casos, acusamos o casal de uma inércia que é só nossa.

Exemplo: anos atrás, na França, um amigo se interessava pelas pessoas que desaparecem sem razão aparente e refazem sua vida alhures, sob outro nome, como se tivessem sido vítimas de uma amnésia repentina. Em todos os casos em que meu amigo conseguira entrevistar esses "desaparecidos", os mesmos constatavam que, depois de seu sumiço, em poucos anos, eles tinham reconstruído uma situação de vida parecida com aquela que tinha motivado sua fuga.
Segunda leitura: o protagonista descobre que a mulher ao seu lado é a própria ilha desconhecida que ele procurava e que a verdadeira viagem é o encontro com um outro amado. Faz todo sentido, pois o amor e a viagem, em princípio, têm isto em comum: ambos nos fazem descobrir em nós algo que não estava lá antes.

O outro amado nos transforma. Tanto quanto a chegada numa terra incógnita, ele nos revela algo inesperado em nós.

Por isso, aliás, o viajante e o amante podem esbarrar em problemas análogos: às vezes, ao sermos transformados pela viagem ou pelo amor, não gostamos do que encontramos, não gostamos dos efeitos em nós do amor ou da viagem. Essa é, em geral, a única razão séria para se separar ou para voltar da viagem.

Moral dessa coluna (e talvez da fábula de Saramago): os outros não são nenhum inferno, são uma viagem. Agora, para amar, como para viajar, é preciso ter determinação e coragem.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Fill my heart with song













Poires Belle-Hélène

Essa receita eu e a minha mãe adaptamos, na primeira vez que eu fiz segui a receita do Oliver Anquier que é com vinho tinto e especiarias, a receita é deliciosa e as peras ficam uma delícia, até a minha mãe descobrir que cozinhar as peras com Marsala é ainda melhor. Ontem misturei 3 receitas para fazer as peras de sobremesa para o jantar, usei como base a receita do livro Cozinha de Estar da Rita Lobo, as especiarias(cravo-da-índia, cardamomo, anis, canela e uma fava de baunilha) da receita do Olivier Anquier e segui a intuição da minha mãe e na falta do Marsala coloquei uma xícara de Grand Marnier e o suco de três laranjas. Não ficou nem o chorinho para o dia seguinte.

- Para as peras:
3 peras bem firmes
caldo de 1 limão
1/3 de xíc. de açúcar
1 xíc. de água
1 colher de chá de essência de baunilha

- Para a calda de chocolate
200g de chocolate meio amargo
1/2 de café ou água
1/2 xíc. de açúcar
1/2 xíc. de creme de leite fresco

1. Descasque as peras preservando os cabinhos. Corte-as em metades(no sentido vertical) e retire as sementes. Regue com o caldo de limão para não oxidarem.
2. Escolha uma panela que comporte todas as 6 metades deitadas em apenas uma camada. Nessa panela, leve a água e o açúcar ao fogo, sem as peras. Quando começar a ferver, conte 1 minuto, misture a essência de baunilha e retire a panela do fogo.
3. Coloque as peras deitadas, uma ao lado da outra, e leve de novo a panela ao fogo alto. Deixe ferver mais um minuto, reduza para fogo médio e tampe a panela. Após cerca de 10 minutos, vire as peras. O tempo de cozimento varia muito, dependendo da pera, elas devem ficar macias, mas sem desmanchar. Retire do fogo e deixe esfriar.
4. Na hora de servir, coloque a calda quente no fundo do prato, deite as peras cozidas na calda e , à parte, sirva sorvete de creme.
5. Coloque todos os ingredientes da calda numa panelinha e leve ao fogo bem baixo, mexendo com uma colher de pau. Quando a calda estiver lisa, desligue o fogo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Party!!

Domingo na festa da firma!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cogumelos

Receita que sempre agrada, fiz algumas vezes e não sobre nem um cogumelo para contar história depois. Por aqui não tem requeijão, eu acho que cream cheese em temperatura ambiente talvez possa entrar no lugar compensando com um pouco mais de creme de leite para ficar mais cremoso.


Frigideira de Cogumelos e requeijão*
com pão sueco - 6 porções

1 bandeja de shitake
1 bandeja de shimeji
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de sopa de molho de soja
1/3 de xícara de creme de leite fresco
1 copo de requeijão cremoso
2 colheres de sopa de parmesão ralado
sal, pimenta do reino
1 pacote de pão sueco

Retire os talos do shitake e fatie finamente. Corte a base do shimeji e solte os cogumelos do talo. Aqueça metade da manteiga em uma frigideira, junte o shitake e grelhe em fogo alto até secar o líquido. Reserve e faça da mesma forma com o outro cogumelo. Junte ambos em uma panela, acrescente o creme de leite, o molho de soja e o requeijão, acerte o sal e a pimenta. Finalize com o parmesão. Não deixe reduzir demais, deve ficar cremoso. Sirva com pão sueco.

* Do livro: Carlota - Balaio de sabores da Carla Pernambuco

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Hummmm Playlist

Eu e o meu iPod passamos por um período turbulento uns meses atrás. Ele resolveu não funcionar e eu tive que reformatá-lo, quase perdi TODAS as minhas músicas, chorei com essa perspectiva, afinal foram 4 anos arrumando o iPod, organizando, fazendo playlists para as mais variadas situações(essas perdi todas). Desde então não tive mais paciência de reorganizar tudo novamente, a bem da verdade é que coloquei o aparelhinho de castigo...esses dias resolvi começar a montar playlists novamente, queria uma seleção gostosinha para ouvir de manhã e assim surgiu a playlist Hummmmm, a primeira depois da crise existencial ipodeana.

























quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

The Supremes, Ikea e a Cômoda

Depois de um mês com as minhas roupas jogadas por todos nos cantos do meu quarto sem ter como guardá-las, decidi, assim de repente(quer dizer decidiram por mim) ir na Ikea comprar um cômoda. Eu toda prosa achando que seria fácil montar a dita cuja, mas claro com a minha santa ingenuidade quando abri as caixas me deparei com um manual que eu não entendi a diferença entre o passo 1 e 0 2 e o que vai aonde, muitas, mas muitas peças, pecinhas, peçonas, parafusos, pregos, etc etc. Pensei logo F*****, nunca vou conseguir montar isso sozinha. Pedi ajuda e coloquei a cômoda on hold. Segunda-feira acordei toda prosa, adorando o fato que não precisaria trabalhar na segunda-feira(por sinal é tudo ter folga de segunda-feira, compensa o fato de ter que trabalhar no final de semana), aí decidi que iria montar a cômoda sozinha(pensei que se um dia não existir homens no mundo eu tenho que ser capaz de montar uma cômoda sozinha), peguei as ferramentas, li o manual de trás para frente e de frente para trás algumas vezes e devagarinho minha cômoda apareceu montadinha na minha frente. Demorei a tarde interia, mas descobri que os manuais da Ikea são entendíveis no final das contas(segundo um amigo eles são feitos para mulher entender, achei um pouco machista mas com um fundinho de verdade).
A trilha sonora da minha tarde bricolage foi Diana Ross & The Supremes, minha nova obsessão


sábado, 10 de janeiro de 2009

Break

Na break de sabado a noite, postando do computador do trampo, teclado sem acento...ainda nao me decidi se prefiro trabalhar de sabados ou domingos, alivio porque o contrato foi renovado, cansada de um dia de compras na Ikea, esperando ansiosamente para usar meus lencois novos, noite tranquila na livraria com o jogo de hockey, muitos e muitos livros para organizar, gripe que esta indo embora, muito frio e muita neve, post meio sem nexo porque faz tempo que nao venho escrever aqui e estava ficando irritada comigo mesma porque blog desatualizado me irrita, escutando Jacques Brel, final do break 15 minutos para voltar para casa.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Nina Simone

Primeiro CD de 2009. Estava namorando há um tempão, hoje fui na Indigo comprar.

Just Like A Woman - Nina Simone Sings Classics Songs of the 60's

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009

2008 passou como um furacão na minha vida e agora sem pedir muita lincença 2009 chegou bem fresquinho, começando ainda tímido querendo seu espaço em meio as lembranças do ano que ficou para trás. Ontem a meia-noite no cantinho da janela vi os fogos, no meio da festa, da multidão estranha eu parei por alguns minutos e fiquei assistindo aquele espetáculo quase que particular e quietinha comigo eu rezei e agradeci por mim e pelas pessoas que são queridas, pedi proteção para esse ano que começa. Por aqueles minutos eu sei que 2009 será um ano extraordinário.





Tranquilo
levo a vida tranquilo
não tenho medo do mundo
não vou me preocupar

Tranquilo
levo a vida tranquilo
não tenho medo da morte
não vou me preocupar

que passe por mim a doença
que passe por mim a pobreza
que passe por mim a maldade, a mentira e a falta de pensar
que passe por mim olho grande
que passe por mim a má sorte
que passe por mim a inveja, a discórdia e a ignorância

Tranquilo
Levo a vida tranquilo
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar

Que me passe
a doença que me passe
a pobreza que me passe
a maldade que me passe
Que me passe
olho grande que me passe
a inveja que me passe
a tristeza da guerra

Tranquilo
levo a vida tão tranquila
não tenho medo do mundo
não tenho medo da morte
não vou me preocupar